Xiaomi Portugal quer dividir faturação entre telemóveis e ecossistema

9 meses atrás 89

Atualmente, o negócio dos 'smartphones' representa 60% das receitas da Xiaomi Portugal, enquanto os restantes 40% dizem respeito ao ecossistema (inclui 'wearables', robôs, televisões, 'scooters', entre outros).

"Nós temos como ambição, nos próximos dois anos, chegar a 50%, ou seja, dividir a faturação" entre os 'smartphones' e ecossistema, afirma Tiago Flores.

Ou seja, até 2025 "equiparar em termos de faturação as duas grandes famílias: 'smartphones' e ecossistemas", acrescenta.

Atualmente, dentro do ecossistema, que representa 40% da faturação da tecnológica chinesa em Portugal, os 'wearables' (que incluem relógios e auriculares), pesam 22%, depois, com 20%, os robôs (aspiradores), seguindo-se as televisões com Android TV, com 15%, e as 'scooters' elétricas, com 15%.

"Depois tudo o que sejam 'smart devices' [dispositivos inteligentes], as câmaras, as 'air fryers', tudo isso pesa 12%", detalha.

No segmento ecossistema, os 'wearables' são os produtos mais vendidos, seguido dos aspiradores robô e das televisões e 'scooters' elétricas.

Face a 2022, em termos de quantidades de 'smartphones', "apresentamos à data um crescimento entre os 15% e 20%" e o negócio do ecossistema "cresce a dois dígitos".

O negócio em Portugal tem estado a correr "bem" e, de acordo com dados da consultora a IDC, "continuamos a crescer acima do mercado em 'smartphones'", o qual está "ligeiramente estagnado" em termos de unidades, prossegue o responsável pela Xiaomi Portugal.

"Temos conseguido apresentar crescimentos em unidades em relação ao ano passado", salienta Tiago Flores, sublinhando que a tecnológica chegou ao final do terceiro trimestre "a uma quota de mercado de 30% [de 'smartphones'] no mercado nacional".

Este desempenho "tem dois eixos de desenvolvimento", diz.

O primeiro "é que, contrariamente a muitas marcas que estavam no mercado, não abandonámos nenhum segmento", mas "reforçámos até", salienta Tiago Flores.

Além disso, "na nossa gama média temos ganhado muito terreno, temos mantido a competitividade de preço e oferecendo cada vez mais tecnologia", argumenta.

A Xiaomi está em segundo lugar no mercado de 'smartphones' em Portugal.

"O nosso grande objetivo é continuar a oferecer ao consumidor a melhor experiência de 'smartphones', juntamente com o nosso ecossistema conectado e ajudar os consumidores nesta transição digital", sublinha o responsável.

Tiago Flores recorda que a marca fez duas campanhas "muito fortes" este ano, sendo que na primeira metade do ano lançaram uma "campanha com criadores locais", em que foram a "sítios muito icónicos de Portugal" e convidaram dois criadores de conteúdos, no âmbito da parceria da Xiaomi e da Leica nos 'smartphones'.

No segundo semestre, com a chegada da Xiaomi Master Class a Portugal, convidaram o fotógrafo e fotojornalista Rui Caria para participar no projeto.

Estes são "dois investimentos locais que fizemos este ano", sublinha, sem adiantar valores.

"Estamos comprometidos em criar maior conteúdo local, conteúdo português, produzido em Portugal, com agências portuguesas, com criadores portugueses, para de facto potenciar e mostrar a nossa tecnologia de uma forma muito localizada", afirma Tiago Flores.

Para 2024, "queremos trazer portfólio mais competitivo na parte dos 'smartphones' e continuar a ser consistentes no binómio preço justo e do ponto de vista tecnológico", sendo que no ecossistema "queremos trazer mais equipamento e novas categorias".

A Xiaomi Portugal mantém o objetivo de cinco milhões de equipamentos conectados em Portugal até 2024: "Estamos bem encaminhados", remata.

Quanto ao 5G, trata-se de um segmento "que começa a penetrar em equipamentos de mais baixo valor [e] acreditamos que no próximo ano essa tendênvia se vai intensificar", refere.

Quanto à inteligência artificial (IA), esta "já está presente" na tecnologia da Xiaomi "há muito tempo" e, em 2024, através do novo sistema operativo vai permitir uma maior interligação entre o 'smartphone' e o ecossistema".

A Xiaomi tem neste momento 623 milhões de utilizadores 'smartphones' ligados a nível global e 699 milhões de equipamentos IoT (Internet das Coisas) conectados no mundo.

"Temos um crescimento muitíssimo significativo de utilizadores que têm mais de cinco" dispositivos Xiaomi, que "são mais de 10 milhões em todo o mundo", conclui.

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