YouTube encerra canal de grupo de extrema-direita 1143 depois de reportagem do NYT

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13 ago, 2024 - 19:36

As perguntas do jornal New York Times sobre o grupo levaram a que o YouTube procedesse ao encerramento da conta.

O YouTube anunciou o encerramento do canal de vídeo do Grupo 1143 por violar a sua política contra o discurso de ódio, depois de ter recebido perguntas do jornal The New York Times (NYT) sobre as atividades do mesmo.

"As publicações nas redes sociais que atacam os imigrantes fomentaram um clima de medo e ódio no Reino Unido, em Portugal e noutros países. A linguagem vitriólica está agora a passar também para as ruas", refere o jornal, num artigo sobre a forma como o discurso de ódio online incentiva a violência.

As perguntas do NYT sobre o grupo levaram a que o YouTube procedesse ao encerramento da conta.

"As nossas políticas proíbem estritamente conteúdos que glorifiquem propaganda supremacista odiosa, incluindo símbolos de ódio, e encerrámos um canal que nos foi fornecido pelo New York Times", disse um porta-voz do YouTube à Reuters.

Grupo neonazi "1143" fundou mais de 20 grupos regionais em dois meses

O Grupo 1143 é liderado pelo militante neonazi Mário Machado, que já cumpriu pena de prisão por agressão, discriminação racial e outros crimes. Ainda em maio deste ano, Mário Machado foi condenado a dois anos e 10 meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda em publicações nas redes sociais.

"A esquerda global juntou-se para tentar silenciar a maior organização nacionalista portuguesa dos últimos 50 anos", escreveu Machado no X, antigo Twitter, criticando a decisão do YouTube.

Apesar da ação desta tecnológica, as contas do Grupo 1143 no X e no Telegram continuam ativas.

No caso do Telegram, o grupo tem um "chat" com 2500 membros e conta ainda com seis núcleos regionais, com 500 elementos cada, no máximo, e também núcleos distritais.

É através destes canais que o grupo espalha notícias falsas, principalmente visando informações sobre imigrantes, e vídeos de propaganda islamofóbica.

O YouTube afirma que a sua política de discurso de ódio proíbe conteúdos que promovam a violência ou o ódio contra indivíduos ou grupos com base em atributos como o seu estatuto de imigração, nacionalidade ou religião.

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