Nas últimas 24 horas, mais de 374 zambianos morreram e 9.580 foram infetados com cólera, uma forma aguda de diarreia, que pode matar em poucas horas.
A Zâmbia, que faz fronteira com Angola, está a enfrentar desde outubro de 2023 um aumento do surto de cólera, vivendo a pior epidemia desta doença desde 2011.
O país da África Austral, sem litoral, luta contra a propagação desta doença mortal e já foi forçado a adiar por três semanas o início do novo ano letivo, inicialmente previsto para 08 de janeiro.
A OMS e a Vaccine Alliance (Gavi) esperam reduzir o número de casos em todo o mundo em 90%, até 2030, graças a uma forte campanha de vacinação e à intensificação do apelo à higienização.
"Esta epidemia continua a ameaçar a segurança sanitária da nação", avisou a ministra da Saúde da Zâmbia, Sylvia Masebo. A ministra adiantou, ainda, que o país já recebeu 1,4 milhões das 1,7 milhões de doses de vacinas aprovadas pela OMS.
A OMS confirmou o número de entregas numa mensagem nas redes sociais.
A vacinação terá início nas "zonas de alto risco" em torno da capital Lusaca, o epicentro da epidemia, com uma população de mais de três milhões de habitantes.
No passado fim de semana, a ministra reforçou as medidas de prevenção, nomeadamente limitando a cinco o número de pessoas que assistem ao funeral de uma pessoa que tenha morrido da doença.
Na semana passada, o Presidente, Hakainde Hichilema, instou os zambianos a tomarem precauções e a evitarem viagens desnecessárias.
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