Zelensky em Bruxelas mas será Meloni a “cabeça de cartaz"

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Conselho Europeu

17 out, 2024 - 09:20 • Pedro Mesquita

No capítulo das migrações, parece ganhar cada vez mais adeptos uma solução “à italiana”.

Em Bruxelas, Zelensky vai apresentar esta quinta-feira ao Conselho Europeu as ideias centrais do seu já divulgado “plano para a vitória", mas será provavelmente Meloni a marcar os trabalhos, seja na questão das migrações, ou no Médio Oriente.

Enquanto os restantes 26 engrossam a voz nas criticas a Israel, a primeira-minitra de Itália viaja amanhã para o Líbano.

Zelensky está em Bruxelas, mas – tudo indica – será a primeira-ministra italiana a “cabeça de cartaz”, neste último Conselho Europeu formal presidido por Charles Michel.

No capítulo das migrações, parece ganhar cada vez mais adeptos uma solução “à italiana”. Meloni decidiu pagar à Albânia, para receber um número significativo de migrantes ilegais recuperados no mediterrâneo e cresce o número de Estados-membros a quem a ideia agrada, embora não o digam de forma tão aberta, porque o tema é sensível no plano humanitário.

A mais recente proposta de conclusões desta cimeira admite a possível adoção de “soluções inovadoras”, que não identifica.

A primeira-ministra de Itália, assume protagonismo neste ponto da agenda e, num outro particularmente atual, o ataque de Israel ao Líbano. Ainda os líderes europeus vão engrossando a voz nas críticas a Netanyahu e já Meloni decidiu ir a Beirute.

Faz-se ao caminho já amanhã, logo após esta cimeira, com o argumento que há cerca de mil capacetes azuis italianos no Líbano.

Zelensky apresenta o seu "plano da vitória"

Na verdade, o plano já é conhecido, naquilo que Zelensky quis divulgar: Adesão à Nato, a capacidade de atacar solo russo e a garantia de que no final, a Ucrânia vai manter a sua integridade territorial.

Mas, além destes eixos essenciais, o plano inclui também alguns pontos secretos. Seria surpreendente se Zelensky os revelasse ao conjunto dos chefes de Estado e de Governo neste Conselho Europeu. Talvez abra o jogo – ou parte dele – em reuniões bilaterais, mas dificilmente a toda a União.

É preciso lembrar que na sala estará Viktor Órban, visto pelos seus parceiros da União como “amigo de Putin”.

Quanto à presença de Zelensky no Conselho Europeu, já não constitui propriamente uma surpresa. Já cá veio várias vezes, e tanto o Médio Oriente como as migrações ajudam a diluir a importância desta visita.

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