Um dos incidentes foi o de uma menina de 10 anos que ficou paralisada, em janeiro.
Segundo o Ministério da Saúde, testes laboratoriais efetuados em amostras recolhidas em esgotos de várias zonas da capital, Harare, no final do ano passado, revelaram a presença de um vírus da poliomielite mutante que teve origem numa vacina oral utilizada no esforço global de erradicação.
Em casos raros, o vírus vivo da poliomielite contido nas vacinas pode sofrer mutações que podem desencadear novos surtos, especialmente em locais com más condições sanitárias e baixos níveis de vacinação.
O número de casos de poliomielite em todo o mundo caiu mais de 99% desde que começou, em 1988, o esforço global para eliminar a doença, liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e outros.
Atualmente, um vírus associado à vacina contra a poliomielite é a causa da maioria dos casos de paralisia em crianças.
Segundo as autoridades do Zimbabué, é a primeira vez que o país utiliza uma nova vacina oral contra a poliomielite, especificamente concebida para reduzir o risco de o vírus se transformar numa forma perigosa.
O Zimbabué, que faz fronteira com Moçambique, pretende distribuir mais de 10 milhões de novas doses de vacinas destinadas a pouco mais de quatro milhões de crianças com menos de 10 anos, em duas fases, em fevereiro e março.
A poliomielite pode causar paralisia total e as crianças com menos de cinco anos são especialmente vulneráveis a este vírus que é transmissível, principalmente através do contacto com fezes, água ou alimentos contaminados, bem como através de gotículas de um espirro ou tosse de uma pessoa infetada.
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