Bruxelas aprova divórcio entre japoneses e franceses do Pego e da Tapada do Outeiro

2 dias atrás 28

Com três gigawatts de ativos, incluindo as centrais de gás do Pego e de Gondomar e ativos eólicos, as duas empresas vão fazer a partilha de bens.

Bruxelas autorizou a compra pela Marubeni de ativos da TrustEnergy. Os japoneses faziam parte deste consórcio até recentemente, quando foi anunciado o divórcio com os franceses da Engie.

“A Comissão Europeia aprovou a aquisição de controlo único de certas partes da TrustEnergy BV em Portugal pela Marubeni Corporation do Japão. Antes, a Marubeni detinha controlo conjunto sobre subsidiárias da TrustEnergy”, segundo a decisão divulgada esta semana.

A Comissão conclui que a operação “não levanta preocupações de concorrência, dado que as empresas não são ativas nos mesmos ou relacionados mercados verticais, e o impacto limitado na estrutura de mercado”.

Sobre o divórcio, a Comissão descreve que a “Marubeni e a Engie concordaram em terminar a joint venture e dividir o negócio entre eles. As subsidiárias a serem adquiridas pela Marubeni são centrais de produção de eletricidade usando o vento ou gás natural, e projetos de desenvolvimento para a produção de eletricidade, usando energia solar e a produção de hidrogénio”.

Questionada pela Jornal Económico, a TrustEnergy limitou-se a dizer que “não comenta publicamente este assunto”.

O consórcio TrustEnergy BV era detido a 50% por cada uma das empresas, contando com uma capacidade instalada de três gigawatts, sendo o “segundo maior ator no sector de eletricidade em Portugal e o quarto no segmento eólico”, de acordo com a companhia.

Entre os ativos, conta-se a Trustwind, que detém os ativos eólicos do grupo; a Turbogas, que detém a central a gás da Tapada do Outeiro em Gondomar (na foto), Porto; e a Elecgas, a central a gás natural do Pego, Santarém (detida a meias entre TrustEnergy/Endesa).

A TrustEnergy também detinha 56% da central a carvão do Pego, com a Endesa a deter 44%, mas este casamento acabou num divórcio amargo (ver notícias relacionadas), com vários processos em tribunal, depois de a central ter encerrado e as duas empresas terem-se desentendido sobre o futuro da central. Separadas, concorreram ao concurso para o ponto de ligação do Pego que acabou por ser conquistado pela Endesa.

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