Governo argentino garante que não vai fechar universidades públicas

1 semana atrás 27

"As universidades públicas não vão encerrar. Não está, nem vai estar nunca em qualquer agenda nossa. Somos os maiores defensores da educação pública e isso tem de ficar claro", declarou o porta-voz presidencial, durante a habitual conferência de imprensa na Casa Rosada.

As declarações de Adorni ocorrem depois de na véspera centenas de milhares de pessoas se terem manifestado na capital argentina, Buenos Aires, a favor da universidade pública e contra a falta de financiamento destes estabelecimentos por parte do Governo ultraliberal de Milei.

Adorni considerou que "determinadas personagens" que impulsionaram a manifestação afirmam de forma falsa que o Executivo tem itenção de encerrar estabelecimentos de educação publica.

"Esclarecer uma e mil vezes que vamos defender, como ninguém, a educação, em geral, e a educação pública em particular", disse.

"Há que entender também que só é sustentável uma educação pública de qualidade no caminho que estamos a percorrer: o equilibrio das contas e as auditorias que cremos convenientes para perceber um pouco os fundos que se estavam a utilizar e os que não", acrescentou.

Apesar de tudo, o porta-voz presidencial transmitiu o respeito do Executivo a todos os que se manifestaram na véspera e expressou "felicitações" da Casa Rosada pelo facto de a jornada ter decorrido "em paz, sem violência" e "sem qualquer tipo de desordem pública", mesmo com uma mobilização numerosa.

À manifestação em Buenos Aires assistiram partidos políticos da oposição, sindicatos e organizações sociais, incluindo líderes e destacados quadros.

O desfile terminou na Praça de Maio, frente à Casa Rosada, sede do Governo.

Enquanto a polícia estimou em 150.000 os manifestantes, os organizadores falaram em mais de meio milhão de pessoas.

Com estas manifestações, parte da população argentina protestou contra a falta de financiamento da educação pública por parte do Governo do Presidente Milei, que em anteriores ocasiões garantiu que as universidades públicas "doutrinam" e chegou a por em dúvida a transparência das contas destas instituições.

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