"Há um ambiente de pré-campanha permanente do lado do Governo. É visível"

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A deputada socialista Alexandra Leitão sugeriu, no domingo, que o Governo de Luís Montenegro está "em pré-campanha permanente", sendo exemplo disso o ritmo a que lança medidas "semanalmente".

"Sinto que há um ambiente de pré-campanha permanente do lado do Governo, que só vai terminar no Orçamento [do Estado]. Isso é visível com este ritmo a lançar medidas semanalmente", começou por afirmar a socialista, em comentário na CNN Portugal.

Na ótica de Alexandra Leitão, "governar não é lançar medidas em catadupa, é fazer coisas", acrescentando que o que se vem verificar "durante a campanha eleitoral para as eleições europeias, e continuadamente", é "a sensação de ter um Governo em pré-campanha permanente".

"Os ambientes de campanha e pré-campanha são sempre mais radicalizados porque obviamente são mais tensos e acho que isso, de facto, se nota. E nota-se ainda uma certa preocupação em lançar muitas medidas, que muitas delas têm objetivos mas não têm grande calendarização, algumas pegam em coisas que já estão a ser feitas", frisou ainda.

Recorde-se que Luís Montenegro elencou algumas das áreas em que o Executivo da AD interveio nos primeiros meses de governação, no domingo, quando anunciou que ia apresentar uma nova Lei de Finanças Locais para "atualizar" de forma "transparente, previsível e justa" o quadro de recursos financeiros para os municípios exercerem as novas competências em matéria de descentralização

"Nós tomámos posse há pouco tempo, já tivemos ocasião de decidir coisas importantes - na escola pública, dando mais estabilidade à escola pública, com medidas que querem, e espero mesmo que possam atingir, maior capacidade de termos professores nas escolas, para não termos tantos milhares de alunos que ficam para trás nas aprendizagens por não terem professor a pelo menos uma disciplina", indicou.

"Na Saúde, com um programa que é de emergência e de transformação. Na Solidariedade Social, ajudando os pensionistas que são os mais pobres dos pobres, aqueles que têm um rendimento inferior a 550 euros e que agora elevámos para 600 euros", acrescentou.

O primeiro-ministro destacou também medidas nas áreas da Habitação, "um setor fundamental para muitos portugueses poderem ficar em Portugal", e da Imigração, "regulando a entrada e permanência dos imigrantes".

"Imigrantes que nós precisamos, que nós queremos acolher e integrar com dignidade. E é precisamente a pensar numa integração digna que é preciso não fechar a porta, mas também não a deixar completamente escancarada", disse.

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