‘Sete Magníficas’ adicionam 4,8 biliões às ações no primeiro semestre

2 meses atrás 46

As sete maiores cotadas de Wall Street, apelidadas de ‘Sete Magníficas’ viram as suas ações crescerem mais nos primeiros seis meses do ano do que no total do ano passado. Nvidia é a cotada com o maior disparo do semestre.

As grandes cotadas de Wall Street, apelidadas de Sete Magníficas, estão a ter um ano de recordes com ótimas prestações. Exemplo disso é o facto das ‘Sete Magníficas’ (as maiores empresas cotadas em Nova Iorque) terem adicionado 4,81 biliões de dólares (4,44 biliões de euros) ao seu valor de ações na primeira metade do ano, um valor em muito superior a todos os ganhos de 2023.

Uma análise da AltIndex.com mostra que a Microsoft, Apple, Nvidia, Alphabet, Amazon, Meta e Tesla (as ‘Sete Magníficas’) “continuaram o seu forte desempenho este ano, aproveitando os ganhos significativos de 2023”, sendo que “nos últimos seis meses, todas as gigantes tecnológicas viram o seu valor de ação duplicar ou triplicar, adicionando biliões de dólares à sua capitalização de mercado”.

De facto, a mesma análise mostra que a capitalização de mercado destas sete empresas cotadas em Nova Iorque estava avaliada em 16,6 biliões de dólares (15,3 biliões de euros) no fim da semana passada, um incremento em relação aos 11,79 biliões de dólares (10,8 biliões de euros) do valor que se observava em janeiro.

Um dos maiores crescimentos deste ano tem sido a Nvidia. A empresa fundada e liderada por Jensen Huang tem tido um ano em cheio, que conseguiu ultrapassar a Apple e a Microsoft como a cotada mais valiosa do mundo, tendo atingindo um valor de mercado de 3,33 biliões de dólares (3,07 biliões de euros).

Nos primeiros seis meses de 2024, a Nvidia foi a cotada com a melhor performance do grupo, com as suas ações a crescerem 106%. Este valor representa três vezes mais o crescimento da Meta e cinco vezes mais que o aumento da Alphabet, Amazon e Tesla.

Ora, as estatísticas recolhidas pela análise mostram que a fabricante de chips com Inteligência Artificial adicionou 1,9 biliões de dólares (1,75 biliões de euros) ao valor das suas ações nos primeiros seis meses do ano, o que lhe permitiu duplicar os ganhos do total do ano passado. “Este crescimento impressionante foi principalmente impulsionado pelo domínio da Nvidia no fornecimento de chips essenciais para aplicações de IA e pela crescente procura das suas GPUs”.

Já a Meta viu o valor das suas ações ‘saltarem’ 50%, ou 463 mil milhões de dólares (427 mil milhões de euros), o segundo maior ganho das ‘Sete Magníficas’. Enquanto isso, os títulos da Amazon e a dona da Google subiram 30% no mesmo período, o correspondente a 513 mil milhões de dólares (473,4 mil milhões de euros) e 535 mil milhões de dólares (493,7 mil milhões de euros), respetivamente.

A Tesla, que está a ter um ano difícil, cresceu 37% nos últimos seis meses. Assim, a capitalização de mercado da fabricante de veículos elétricos de Elon Musk fixou-se em 801 mil milhões de dólares (739,2 mil milhões de euros) na última semana, o que representa uma subida de 200 mil milhões de dólares (184,6 mil milhões de euros) em relação a janeiro.

Por sua vez, a recada Microsoft, que deteve do pódio das mais valiosas por longos anos, viu um incremento de 680 mil milhões de dólares (627,5 mil milhões de euros) do seu valor, ou mais 24%, impulsionada pelos fortes avanços em Inteligência Artificial e pela parceria com a OpenAI. Enquanto isso, a Apple viu um aumento de 500 mil milhões de dólares (461,4 mil milhões de euros) desde o início do ano.

Ainda que estejam habituadas a negociar na ordem dos mil milhões e biliões de dólares, demasiados zeros para qualquer um acompanhar, os valores alcançados por estas tecnológicas são gritantes quando comparados com os de outras indústrias ou mesmo PIBs de grandes economias mundiais. Exemplo disso é o facto do valor das ações combinadas ultrapassar o valor de mercado de indústrias como saúde, energia e automóvel, e ainda o PIB de economias como Reino Unido e Índia (supera em cinco vezes) ou do Japão e Alemanha (supera em quatro vezes). Ainda assim, e curiosamente, fica ‘apenas’ a um bilião de dólares (922 mil milhões de euros) da segunda maior economia mundial, a China.

Ler artigo completo