No total, são fotografias de cerca de 40 rolos fotográficos.
Alfredo Cunha sabe que a fotografia que fez do capitão Salgueiro Maia, numa quinta-feira diferente de todas, a 25 de Abril de 1974, tornou-o internacionalmente conhecido. É a mais pedida de sempre da sua carreira.
Ambos ficaram amigos para a vida mas depois veio a Guiné, que entrou e ganhou o seu coração, tendo até hoje, pelo país, um carinho muito grande.
Em junho de 1974, enquanto fotógrafo do jornal O Século, histórico diário lisboeta, aterrou em Bissau e desde então voltou tantas vezes que fez milhares de fotografias a preto e branco sobre os soldados, sobre as feridas da guerra, sobre as populações, fotografou líderes como Marcelino dos Santos, Agostinho Neto, Joaquim Chissano, Samora Machel.
Nos arquivos da Torre do Tombo, o fotógrafo encontrou muitos negativos daquela época e analisou-os meticulosamente, juntando-os agora ao livro.
Para quem quiser ver mais de perto toda esta aventura histórica, há uma exposição com as imagens mais marcantes na Galeria Municipal Artur Boal da Amadora. A entrada é livre e a mostra está patente até 23 de junho de 2024.