A sorte protege os audazes

8 meses atrás 85

De Faro até Rio Maior, um duelo que se esperava de grande qualidade. Com bons indícios de futebol, o Farense venceu o Casa Pia por 1-3 e soma mais três pontos na luta pelos objetivos.

Em jogo marcado por muito poucas alterações nos onzes iniciais de Pedro Moreira e José Mota, viu-se um duelo com duas parte completamente distintas. Se havia domínio de um lado, rapidamente a toada invertia. No fundo, valeu aos algarvios a eficácia, a experiência e a criatividade. A sorte que protege os audazes.

Do baixo brilho ao reluzir farense 

O baixo brilho é literal, dada a pouca luminosidade do estádio em Rio Maior que quase se refletia no que o jogo ofereceu nos primeiros minutos.

O Casa Pia tentou tomar as rédeas do encontro, mas há um fenómeno em crescendo na Liga Portugal que não tem deixado qualquer dúvida entre os postes: Ricardo Velho.

A par da grande exibição garantida pelo guarda-redes, o Farense cresceu paulatinamente no encontro e tentou «às escondidas» mostrar-se a Lucas Paes. Acabou por se mostrar com Marco Matias a soltar o génio que entregou na temporada passada em que venceu o Prémio Regularidade atribuído pelo zerozero. Um golo com (ou falta de) toque de classe de Mattheus Oliveira, onde o médio deixou passar a bola vinda de um cruzamento de Bruno Duarte. O número 77 encostou.

Minutos depois, Farense na mesma toada. Sneaky, sneaky, foi-se aproximando da área e, de canto, voltou a aparecer Marco Matias a servir Zach Muscat. O Casa Pia aparentava ter de alinhavar nova estratégia.

Pressionar e acusar pressão

Com estratégia nova aparentemente alinhava, os gansos entraram com tudo numa segunda parte marcada por minutos iniciais muito agressivos. Eram imensos os duelos e muito pouco o tempo de jogo útil durante sólido quarto de hora.

No entanto, a turma de Pedro Moreira fazia de tudo para incomodar Ricardo Velho - ainda que, este, se mostrasse pouco incomodado e maioritariamente assertivo entre os postes.

Incursões atrás de incursões, várias tentativas, vários remates do Casa Pia... e golo do Farense. Depois de tanta pressão acumulada na defesa farense, a defesa casapiana acusou-a momentaneamente - que o diga o buraco deixado que permitiu o grande passe de Falcão para Bruno Duarte (sendo que este «pregou» João Nunes ao chão no último golo algarvio).

Por muita pressão que houvesse, para além da corrida incessante atrás do resultado, o Casa Pia não desistia de alguma glória. Fernando Andrade e Rúben Lameiras escreveram essas mesmas linhas na construção do solitário golo da equipa da «casa».

Suspiro de alívio para José Mota. A sorte de uma defesa de (quase) betão protegeu os audazes. Quanto ao Casa Pia, fica o amargo de boca de um ataque aparentemente fulminante que não surtiu grande resultado.

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