“A transformação digital na construção pode gerar muitíssimo rendimento”

1 mes atrás 61

Em entrevista ao JE, o CEO da Ninety Days e “coach” de processos de transformação digital, Alejandro de Zunzunegui deixa uma mensagem clara: “a transformação digital não é opcional”, as empresas têm de ir atrás dela, especialmente no sector da construção.

Lidera um grupo de trabalho para a transformação digital no sector da construção, normalmente pouco associado à digitalização. O que saiu desse trabalho que possa ser seguido pelas empresas, sobretudo portuguesas?
Todo o nosso empenho radica em tentar demonstrar que não há sector que não esteja, por assim dizer, não só convidado, mas obrigado a transformar-se digitalmente. O sector da construção é especialmente complexo nestes temas. Mas isso é o que mais me motiva. Eu motivo-me muito com a transformação de coisas complexas. Estive na banca, nos seguros de saúde e agora estamos com os temas da construção. Elaborámos um plano de transformação digital em torno de seis dimensões.

Que seis dimensões são essas?
As pessoas estão muito acostumadas a falar de transformação digital focada na melhoria da eficiência dos seus modelos operacionais. Ou seja, a forma como a tecnologia ME vai ajudar a melhorar a MINHA eficiência. O meu desafio às companhias deste sector em Portugal é que pensem não só para esse objetivo, mas para acrescentar valor aos aos vossos clientes. E para melhorar o nível de cumprimento normativo e dos critérios e objetivos de sustentabilidade. Isso é essencial. Caso contrário não vão conseguir manter-se competitivos. Para melhorar a qualidade dos seus produtos. Para melhorar a qualidade das equipas que são capazes de captar. Nos dias de hoje, se não desenvolves um certo grau operacional no ecossistema digital, a malta jovem não quer trabalhar contigo

Suponho que seja ainda mais difícil num sector como o da construção, certo?
Os jovens foram educados num mundo em que não os podes obrigar a ir para um sector como o da construção e trabalhar como há 50 anos. Não vão querer. E este sector é um dos que está a ter cada vez mais problemas para captar talento, porque esse talento não quer ir para um sector, por assim dizer, ‘aborrecido’. Por isso o objetivo é dinamizar o sector, fazer florescer todo o tipo de tecnologia para que se possam fazer coisas no ecossistema digital.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Ler artigo completo