Açores. JPP alerta para fragilidades do programa Novos Idosos

3 meses atrás 49

"Uma das situações que fomos identificando ao longo do tempo é que, por exemplo, o programa Novos Idosos, embora à primeira vista se constitua como uma alternativa muito interessante à prestação de cuidados aos idosos, tem várias fragilidades", disse Carlos Furtado à agência Lusa.

O também líder do partido Juntos Pelo Povo (JPP) nos Açores, que hoje visitou o Lar da Santa Casa da Misericórdia das Lajes das Flores, referiu que uma das fragilidades é por ser "um programa temporário": "Ao que parece, é para cinco anos".

Na opinião de Carlos Furtado, daqui por cinco anos, "os idosos não estão mais novos, estarão seguramente mais velhos e seguramente em maior número", pelo que "é preciso acautelar que o mecanismo possa ter futuro para lá do horizonte temporal a que está restrito".

Além disso, "não é um programa perfeito, porque, a par da parte humanitária que ele representa, também apresenta fragilidade nos cuidados que é preciso prestar às pessoas que vão optando por envelhecer nas suas casas".

Para o candidato do JPP, a medida Novos Idosos merece uma reflexão e monitorização "para que, daqui por cinco anos, não estejamos a falar de um programa que acabou e que possa não ter deixado bons frutos".

"Essa é uma situação que eu entendo que é adequada. Ou seja, monitorizar a eficácia do programa Novos Idosos e, a partir daí, perceber o que é que não está bem e tentar corrigir a tempo", justificou, insistindo que o desafio "será esse".

Ou seja, continuou, "ir monitorizando e criando as situações capazes de contornar esse problema".

"É uma realidade interessante, essa nova oportunidade de os idosos envelhecerem nas suas casas, mas se não for acompanhada de uma leitura fina de como é que essa forma é feita, podemos ter aqui um problema".

O programa Novos Idosos, financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência e criado pelo Governo açoriano da coligação PSD/CDS-PP/PPM, visa implementar uma resposta de proximidade, que permita aos idosos continuarem a viver em casa e na comunidade, ao longo do tempo, com segurança e de forma independente.

No quarto dia da campanha eleitoral para as eleições regionais nos Açores, além da visita ao lar, Carlos Furtado reuniu-se com a provedora da instituição.

O candidato disse que ficou a par da falta de recursos humanos especializados e de dificuldades devido ao "aumento permanente dos custos dos cuidados que é preciso prestar" aos idosos.

O Presidente da República dissolveu o parlamento açoriano e marcou eleições antecipadas após o chumbo do Orçamento para este ano.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

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