AD quer Executivo de combate para negociar por decreto

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A AD aponta baterias para formação de um governo de combate com políticos e técnicos experientes. Irá negociar caso a caso com oposição e colocará no terreno medidas prioritárias para ganhar capital de confiança.

Um governo de combate, com nomes fortes, para uma duração incerta, incluindo independentes e personalidades com perfil técnico. Terão de passar credibilidade para o exterior e colocar rapidamente no terreno medidas prioritárias para ganhar capital de confiança. É este o perfil de Governo da AD traçado pelo núcleo duro de Luís Montenegro que não contará com um acordo global, à esquerda e à direita. Um Executivo condenado a governar sozinho e por decreto sempre que possível, tendo no horizonte acordos parlamentares quando não tiver alternativa. Só decidirá se avança com um orçamento retificativo quando for indigitado e tiver informação sobre a execução orçamental e tetos de despesa, tendo como grande teste no horizonte a proposta do OE2025.

A principal estratégia de Luís Montenegro passa por marcar uma posição firme logo no início de um governo de maioria relativa, diminuindo a margem da oposição como capital de popularidade, tal como fez Cavaco Silva no seu 1.º governo de minoria, em 1985. Em causa estão medidas mais prioritárias que anunciou durante a campanha para resolver os problemas de muitos portugueses e, entre elas, segundo disse ao JE fonte do núcleo-duro de Montenegro, estará a reposição gradual do tempo de serviço dos professores, a negociação do suplemento de missão para a PSP e GNR e o plano de emergência para o SNS. Montenegro sabe que a forma como vai agir nos primeiros 60 dias pode “condicionar” a oposição e marcar um élan positivo para os tempos que se seguem, que se adivinham difíceis, uma vez que não tem a maioria no parlamento e terá de negociar com todos os partidos, sendo certo que nem o Chega nem o PS lhe facilitarão a vida.

Por isso, fontes sociais-democratas não têm dúvidas em afirmar, ao JE, que o governo que Montenegro vier a compor (e os nomes já estão a ser pensados na São Caetano à Lapa) terá de ser de “verdadeiro combate político”.

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