Administração avisa: sem publicidade, "RTP perde relevância"

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Perante a intenção do Governo em acabar com a publicidade, Nicolau Santos disse à RTP3 (depois da mesa redonda em que participou) que a administração fez uma “contraproposta” que passava pela diminuição “e não pela extinção” da publicidade, via que o Executivo rejeitou. “Obviamente a RTP precisa desses 20 milhões”.

Por isso, alerta Nicolau Santos, “é necessário que o Governo garanta fontes alternativas de financiamento” que permitam à RTP continuar a prestar serviço público.

Antes, durante a mesa redonda, no que diz respeito ao plano de saídas voluntárias na RTP, Nicolau Santos afirmou que a administração concorda “com esse plano”, “o perfil dos trabalhadores” tem de ser diferente e “a faixa etária tem de baixar”.No que diz respeito à existência de oito canais de televisão da RTP e sete de rádio, é algo que tem que ser reavaliado.

Quanto à publicidade, lembrou que o mercado publicitário diminuiu de 50 para 20 milhões, dos quais apenas uma parte será da RTP. O presidente da administração identificou um problema que "não é obviamente de oferta, é claramente de procura", até porque os shares de audiências diminuíram de 30 para 15 por cento nos últimos anos.

"A saída de publicidade implica também uma perda de relevância da RTP", avisou Nicolau Santos sem saber como vai ser reposto o dinheiro da publicidade que se vai perder. Logo a seguir fez questão de sublinhar que “se há alguém a operar em desigualdade é a RTP” porque só pode ter seis minutos de publicidade por hora, limitação que os canais privados não têm.

O presidente do Conselho de Administração RTP defendeu também a união dos órgãos de comunicação social. O alvo para Nicolau Santos será combater "as plataformas de nível internacional, as netflixes que estão a comprar os grandes eventos desportivos e de entretenimento".
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