ADN | Last Dance dos guerreiros croatas

3 meses atrás 60

Com o início do Euro 2024 ao virar da esquina, está na altura de conhecer todas as 24 equipas que vão participar no maior torneio de seleções do Velho Continente. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada seleção, assim como a sua figura e técnico.

Depois de ter surpreendido nos últimos dois Mundiais, a Croácia deixou de estar no bloco de equipas de possíveis surpresas e juntou-se ao de possíveis candidatos. Sob a batuta de Zlatko Dalic, que faz parceria com o maestro Luka Modric, dentro de campo, a Croácia vai aproveitar a última dança de algumas das suas maiores figuras, tendo como par para o kolo - dança típica da Croácia - o surgimento de uma nova e talentosa geração.

Se arrumarmos as seleções em prova numa hierarquia de candidatos à conquista do Euro, a Croácia surgirá num segundo patamar, mas é um nome a ter em conta por qualquer uma das outras.

O motor que tudo mexe

Olhando para o desenvolvimento desta seleção croata nos últimos anos, embora algumas peças tenham mudado, face à renovação dos escolhidos, a verdade é que se mantém a matriz do que eta seleção dá dentro de campo, em grande parte devido à manutenção da Dalic no comando, mas também às características dos seus jogadores.

Falamos de uma seleção riquíssima ao nível de centrocampistas e que potencia o seu jogo com base nisso. Embora se possa apresentar em 4x2x3x1 - por vezes deambula para 4x4x2 e as suas ramificações, como um losango no miolo -, os próprios médios alas são atletas com capacidade de construção em zonas interiores, o que cria um enorme dinamismo no corredor central e constantes permutas entre estes elementos.

Modric é o maestro croata @Getty Images

Modric é o maestro da orquestra, com um nível acima dos restantes, e quem tudo faz mexer, Kovacic o motor e depois entra a renovação, com nomes como Lovro Majer, Baturina ou Sucic, além de Mario Pasalic ou Vlasic, que por vezes até fazem de falsos avançados e acrescentam mais um elemento a esse miolo.

Fora isso, acaba por ser uma seleção de processos relativamente simples, especialmente nas alas. Perisic é quem dá mais vida a extremo - embora com essas diagonais em mente - e os laterais vão muito em busca de dar profundidade para criar vantagem numérica e tentar servir o movimento desses médios e a figura ofensiva: Bruno Petkovic. Este último, além de ser o finalizador, é muitas vezes o pivot ofensivo, que serve de apoio aos médios criativos ou referência para um jogo mais direto.

A defesa, embora conte com nomes em ascensão no futebol mundial, como Josko Gvardiol e Josip Sutalo, acaba por ser dos seus maiores pontos fracos, especialmente na transição rápida adversária, onde costuma dar espaço. Contudo, em defesa organizada, costuma ser forte e causa dificuldades a ataques que gostam de ter bola no último terço muito tempo. Dominik Livakovic é dono e senhor da baliza e costuma trazer segurança extra.

Ler artigo completo