Aeroporto. Inclusão de Santarém é "reconhecimento da qualidade do projeto"

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"A inclusão do projeto do aeroporto de Santarém no relatório final da comissão técnica independente é sobretudo um reconhecimento da qualidade do projeto, [mas} obviamente que não concordamos que seja apenas enquanto aeroporto complementar", disse à Lusa o porta-voz do projeto, Carlos Brazão.

A Comissão Técnica Independente (CTI) entregou na segunda-feira ao Governo o relatório final da avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de uma solução única em Alcochete ou Vendas Novas, mas apontou que Humberto Delgado + Santarém "pode ser uma solução", depois desta opção ter sido descartada no relatório preliminar.

Nesta solução, a comissão refere Santarém como "aeroporto complementar ao AHD (Humberto Delgado), mas com um número de movimentos limitado, não permitindo satisfazer a capacidade aeroportuária necessária no longo prazo", mas "teria a vantagem de permitir ultrapassar no curto prazo as condicionantes criadas pelo contrato de concessão, tendo ainda como vantagem um financiamento privado".

Carlos Brazão considerou hoje que a CTI "não deu a devida atenção ao trabalho desenvolvido sobretudo entre dezembro e janeiro com a NAV", que, segundo os promotores, resultou num conjunto de soluções que permitem resolver os problemas de navegabilidade aérea pela proximidade à base aérea de Monte Real, apontados no relatório preliminar.

"O trabalho desenvolvido e consensuado com a NAV e que está na nossa pronúncia já define a estratégia para permitir essa escalabilidade futura para, se necessário, vir a ser um grande `hub` [centro de conexão]", vincou Carlos Brazão.

O porta-voz do projeto realçou que o projeto é economicamente sustentável nos dois cenários (aeroporto complementar ou único) e que, caso Santarém seja escolhido pelo Governo, vão avançar com o projeto mesmo enquanto complemento ao Aeroporto Humberto Delgado.

"A vantagem e, se quiser, a beleza do nosso projeto é que esse cenários são todos possíveis e dá uma grande margem de liberdade para os futuros decisores decidirem a melhor estratégia e, sobretudo, para que nunca mais tenhamos que falar em aeroportos", referiu.

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