Afastada a hipótese de o fogo chegar às zonas altas do Funchal

1 mes atrás 59

Está afastada a hipótese de o fogo chegar às zonas altas do Funchal. Segundo a proteção civil da região, a situação está agora mais calma e controlada.

Em declarações à RTP, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes, garante que, “neste momento, não há qualquer risco” de as chamas se propagarem às zonas altas do Funchal.

“Nós estamos a fazer tudo aquilo que está ao nosso alcance para que, realmente, isto não aconteça. E os últimos desenvolvimentos também não apontam nada nessa direção”, adianta.

Para António Nunes, as coisas teriam que correrem “significativamente mal, para que o início dessa descida para o Funchal começasse a acontecer”.

“Levaria bastante tempo até nós chegarmos a essa situação porque, neste momento, toda essa zona está mais calma”, assegura.

O mais difícil, esta manhã, está a ser o uso dos meios aéreos. O nevoeiro que se faz sentir na região impede o reconhecimento do terreno e a intervenção dos aviões Canadair.

“Estamos com algumas limitações, neste momento, porque o nevoeiro que se faz sentir naquela zona, e que nos pode ajudar pela humidade que traz, está a inviabilizar que nós possamos fazer o reconhecimento visual”, assinala António Nunes.

Com as atuais condições, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil realça que “não é possível meter o meio aéreo ali. E, por outro lado, também os canadair, enquanto aquele nevoeiro se mantiver naquela zona, pouco efeito terá ou nenhum”.

Fogo mantém-se na cordilheira central e atenua na Ponta do Sol

O incêndio que lavra na Madeira continua esta manhã ativo na cordilheira central da ilha, enquanto no concelho da Ponta do Sol houve uma melhoria num dos flancos do fogo.

“Começando pela parte sul na zona da Ponta do Sol, até porque as notícias são boas, aquela frente que tem dois flancos, o flanco oeste está circunscrito, mas mantemos pessoal no local até porque já houve vários reacendimentos”, adiantou à Lusa do SRPC.

De acordo com António Nunes, existe ainda um dos flancos ativo, mais ou menos como na quinta-feira, sem grandes desenvolvimentos e de forma moderada.

“Estamos lá com o nosso pessoal para manter vigilância. São tudo zonas onde não é possível intervir, zonas muito escarpadas onde o pessoal não consegue intervir”, disse.

No que diz respeito à cordilheira central da ilha, António Nunes, indicou que a ação na quinta-feira dos dois aviões Canadair juntamente com o helicóptero aparentemente ajudou na contenção da evolução do incêndio.

“Este incêndio estava a iniciar a descida para a Fajã da Nogueira, No entanto para lá do norte do Caldeirão Verde, Santana, há um foco ativo e é nessas zonas, quando os Canadair puderem descolar que vamos centrar a ação para ver o que conseguem fazer”, disse.

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