Afinal, espetáculo com drag queens apresentado nos Jogos Olímpicos não era sátira ao quadro 'A Última Ceia'

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Diretor criativo da cerimónia assegurou que apresentação teve como inspiração festaa pagãs ligadas aos deuses do Olimpo.

Correio da Manhã 22:52

O diretor criativo responsável pela cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024 garantiu que não se inspirou na obra 'A última Ceia', de Leonardo da Vinci, para o espetáculo que envolveu drag queens. Depois da notícia ter corrido o mundo e de ter sido fortemente criticado pela Igreja católica e pela extrema-direita, Thomas Jolly decidiu vir a público para esclarecer que o espetáculo não foi pensado como uma sátira ao quadro religioso e que tinha, na realidade, o objetivo de representar uma festa pagã ligada aos deuses do Olimpo, onde nasceram as olimpíadas.

"Nunca encontrarão em mim qualquer desejo de troçar ou denegrir o que quer que seja. Queria realizar uma cerimónia que reparasse e reconciliasse. E para reafirmar os valores da nossa República", assegurou, citado pelo jornal Le Figaro.

Na apresentação participaram várias drag queens, uma mulher transgénero e um homem nu, que estava caracterizado como o Dionísio, deus grego do VINHO.

"Há Dionísio a chegar a esta mesa. Está lá porque é o deus da festa (...), do vinho, e pai de Sequana, a deusa ligada ao rio. A ideia era antes fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo", explicou. 

De acordo com a organização dos Jogos Olímpicos, o espetáculo teve por objetivo sensibilizar a audiência "para o absurdo da violência entre os seres humanos". Thomas Jolly afirmou ainda que o objetivo era celebrar a diversidade e prestar homenagem à festa e à gastronomia francesa.

A Igreja Católica e a extrema-direta descreveram a apresentação como uma "troça ao cristianismo" e uma "ode à cultura 'woke'".

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