França: produção industrial sobe 1,4% em agosto

A produção industrial de França teve uma subida de 1,4% em agosto, de acordo com os dados do instituto de estatística francês.

Em agosto, “o aumento da produção industrial foi impulsionado principalmente pelo aumento da produção de ‘outras indústrias transformadoras’ (+2,8%), especificamente no fabrico de produtos farmacêuticos e preparações farmacêuticas (+22%)”, refere o instituto de estatística.

A indústria transformadora viu a sua produção subir 1,6%, o fabrico de equipamento de transporte aumentou 3,3%, o fabrico de veículos automóveis, reboques e semirreboques aumentou 3,4%, e o fabrico de outros equipamentos de transporte cresceu 3,2%, isto face ao mês anterior.

As indústrias extrativas, energia e abastecimento de água viram a produção subir 0,4%, mas o fabrico de bens de máquinas e equipamentos teve uma quebra de 1,1%, os produtos alimentares e bebidas desceram 0,5%, e o fabrico de coque e produtos petrolíferos refinados quebrou 2,4%, em agosto, face ao mês anterior.

Em termos trimestrais, e levando em consideração a produção acumulada, entre junho e agosto, esta foi inferior à do período homólogo, em 1,1% na indústria transformadora e desceu 0,7% em toda a indústria.

No período de um ano “a produção diminuiu acentuadamente no fabrico de equipamento de transporte, diminuiu fortemente no fabrico de veículos automóveis, reboques e semirreboques (-14,3%), mas manteve-se praticamente estável no fabrico de “outros equipamentos de transporte” (-0,1%). A produção também diminuiu no fabrico de máquinas e equipamentos (-3,3%) e no fabrico de coque e produtos petrolíferos refinados (-4,7%). Diminuiu de forma mais moderada no fabrico de produtos alimentares e bebidas (‑0,5%). Pelo contrário, aumentou nas “outras indústrias transformadoras” (+0,6%) e nas indústrias extrativas, energia, abastecimento de água (+1,2%)”, elenca o instituto de estatística francês.

O instituto de estatística acrescenta que num contexto de “elevados preços da eletricidade e do gás faturados às empresas tendo em conta os contratos celebrados em 2022 e 2023 para 2024, as indústrias com utilização intensiva de energia estão particularmente expostas ao aumento dos custos de produção, o que pode afetar a sua produção”. Face a isto a produção dos últimos três meses (junho a agosto de 2024) “manteve-se assim em forte queda face à do segundo trimestre de 2021 (último trimestre antes da forte subida dos preços da energia), nomeadamente na produção de ferro e aço básicos e de ligas de ferro (-27,1%), fabrico de vidro e produtos de vidro (-19,2%), fabrico de produtos químicos básicos (-16,4%) e fabrico de pasta de papel, papel e cartão (-10,7%)”.

O instituto de estatística francês referiu que houve um revisão em alta em 0,7 pontos percentuais na produção industrial referente ao período entre junho e julho. Com a revisão registou-se uma quebra de 0,2% em vez dos 0,9%.

Esta revisão deveu-se “à inclusão de respostas tardias ao inquérito de julho”, explica o instituto de estatística, que acrescentou que a “evolução do índice para o conjunto da indústria é também revista em alta em 0,7 pontos, em +0,2% em vez de -0,5%”.