Aguiar-Branco elogia acordo com PS. "Interesse nacional foi prioritário"

1 mes atrás 43

O novo presidente da Assembleia da República, José Aguiar Branco, falou, esta quarta-feira, sobre o panorama político, após o impasse que surgiu no âmbito da sua eleição, bem sucedida à 4.ª votação, e mais de 24 horas depois de ter começado este processo.

"Numa situação de impasse, em que era preciso o normal funcionamento das instituições, foi conseguida uma solução. O interesse nacional foi o prioritário. Quando podemos pôr a democracia a funcionar é sempre positivo", apontou, em declarações à CNN Portugal, referindo-se ao acordo alcançado entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) para a sua eleição.

Confrontado com o facto de a proposta que resolveu o impasse para a sua eleição ter sido apresentada pelo PS, Aguiar Branco atirou: "É  indiferente. Para a proposta ser aprovada, digamos assim, é preciso o acordo da duas partes. Foi conseguido o consenso. É preciso ter um exercício de consensos na Assembleia da República porque a aritmética é aquela que é; obriga a que na Assembleia se façam os consensos necessários para que a democracia funcione. Este é um bom exemplo disso. Não há dogmas".

Aguiar-Branco foi ainda sobre a forma com iria lidar com o grupo parlamentar do Chega, agora com 50 deputados. "Não faço distinção de deputado A ou B. Todos foram eleitos com voto universal, todos merecem o mesmo respeito. Quer dos cidadãos, quer dos protagonistas políticos. O meu registo de equidistância, respeito, reagir e também de lealdade é também com os 229 deputados da Assembleia da República", explicou.

O deputado social-democrata foi eleito presidente da Assembleia da República esta quarta-feira, depois de o PS e de o PSD terem 'fechado um acordo, no qual ficou estabelecido que o social-democrata assumirá a liderança do Parlamentos nos primeiros dois anos de legislatura, passando depois a 'cadeira' para um deputado socialista. O acordo foi fechado depois do impasse a que o país assistiu na terça-feira, quando de a sua candidatura não ter conseguido votos suficientes para ser validada.

Após esta 'falha' a polémica 'estalou', dado que o Chega falou sobre um acordo com o PSD para esta  eleição. Perante este nome ter sido barrado, o PS propôs Francisco Assis e o Chega propôs Manuela Tender, mas, não havendo o consenso, uma nova votação ficou marcada para esta quarta-feira. PS e PSD chegaram a acordo, horas depois de o líder do Chega ter dito que iria pedir para falar com Luís Montenegro.

[Notícia em atualização]

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