AI denuncia "campanha vingativa" da Rússia contra Akunin

9 meses atrás 99

"A perseguição contínua de Boris Akunin e o processo penal injustificado contra ele servem exemplo da clara natureza vingativa das autoridades russas contra qualquer pessoa que se atreva expressar um ponto de vista diferente", afirmou Marie Struthers, diretora da Amnistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central, num comunicado.

A responsável denunciou que "em poucos dias os seus livros foram retirados das lojas", tal como a sua obra de teatro e a "única editora que continuou a trabalhar com ele foi submetida a buscas" policiais.

"Boris Akunin é reprimido por falar publicamente contra a guerra agressiva da Rússia contra a Ucrânia e não é a única vítima deste tipo de campanha", acrescentou, adiantando que outros artistas, músicos, diretores de teatro também "foram excluídos da vida cultural do país por não aceitar guerra".

Exigiu a retirada imediata das "acusações vergonhosas" contra o escritor e o fim das campanhas de descrédito e perseguição aos artistas que se manifestam contra a guerra.

Akunin, um dos escritores contemporâneos mais lidos, foi incluído na segunda-feira na lista oficial de "extermistas e terroristas", cujo registo é mantido pelo Rosfinmonitoring, o serviço federal de supervisão financeira.

Na sexta-feira, a editora russa AST anunciou que iria deixar de publicar os livros de Akunin, de 67 anos, que vive no estrangeiro critica a guerra na Ucrânia e as políticas do Presidente russo, Vladimir Putin.

Nesse mesmo dia, o serviço de venda de livros digitais Litres suspendeu a distribuição das obras de Akunin e uma popular cadeia de livrarias retirou-as das suas prateleiras.

Leia Também: Amnistia Internacional entrega propostas ambientais a decisores políticos

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Sétimo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo