Alemanha pede a concidadãos no Irão que deixem o país 

2 horas atrás 18

O ataque iraniano a Israel, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, levou também o Governo da Alemanha a chamar o embaixador iraniano em Berlim para apresentar uma nota de protesto.

Numa atualização no respetivo portal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão publicou um aviso de segurança sobre viagens ao Irão para afirmar que viajar para o país do Médio Oriente é "desaconselhável" e que os alemães que já estão em território iraniano são convidados a "deixá-lo". 

"A situação de segurança no Irão e em toda a região continua volátil e muito tensa", indica o aviso da diplomacia alemã, que argumentou ainda que "se espera uma resposta das Forças Armadas israelitas" aos ataques do Irão.

"Não se pode excluir que haja ataques contra o território iraniano. Já existem impactos nos voos de e para Teerão. O espaço aéreo está fechado até 03 de outubro [quinta-feira] às 05h00 [locais, 02h30 em Lisboa]", observou.

"Não podem ser excluídos encerramentos prolongados do espaço aéreo, aeroportos e fronteiras terrestres no Irão, bem como novos cancelamentos de ligações aéreas", sublinhou o MNE alemão, ao mesmo tempo que pede aos seus cidadãos que acompanhem as últimas atualizações sobre a situação através da imprensa.

Por seu lado, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão indicou que o embaixador iraniano em Berlim foi convocado para ser notificado do protesto alemão contra o disparo de quase 180 mísseis balísticos "que não pode ser justificado".

Nesta linha, o Governo alemão apelou ao Irão para que não realize novos ataques, nem mesmo através dos seus aliados na região, conforme noticiou a agência de notícias alemã DPA. 

Berlim também indicou que está a considerar "toda uma série de medidas" juntamente com os seus parceiros europeus e internacionais, incluindo a possibilidade de aplicar novas sanções contra Teerão.

Os ataques do Irão foram descritos por Teerão como uma resposta à morte do líder da ala política do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Ismail Haniye, num ataque em Teerão no final de julho e ao do secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num bombardeamento israelita contra a capital do Líbano, Beirute.

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