Algarve enfrenta grave seca: agricultores precisam "de água para amanhã"

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"A curto prazo, infelizmente, não temos solução", afirma João Garcia, da Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão, explicando que os agricultores têm "pouca água para conseguir garantir a subsistência das plantas".

A situação de seca não é nova mas agrava-se a cada ano. No Algarve, a escassez de água é particularmente grave. A Agência Portuguesa do Ambiente está a preparar um plano de contingência que deverá reduzir o consumo de água na região em 70% para o setor agrícola e 15% para os consumidores urbanos.

João Garcia, da Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão, explica que “a água armazenada na barragem não vai permitir a salvar as culturas que já estão instaladas e em produção”.

“Estamos com pouca água para conseguir garantir a subsistência das plantas, neste caso da cultura principal desta região, que é a laranja. Estamos muito preocupados porque a precipitação é cada vez menor. Nós estamos na iminência de poder perder toda a produção”.

“A curto prazo, infelizmente, não temos solução”

O problema é complexo. Precisa-se de água “para amanhã”, mas as soluções não chegam de um dia para o outro.

“A curto prazo, infelizmente, não temos nenhuma solução, porque estamos dependentes da precipitação, porque as medidas que foram apresentadas são medidas estruturais que vão ser implementadas daqui a alguns anos, como, nomeadamente, a questão da descentralização, a questão da captação de água. São medidas que vão dar resiliência o Algarve, mas são medidas que vão levar muitos anos até serem implementadas”, considera o agricultor.

João Garcia pede alternativas para, pelo menos, “salvar aquilo que está a ser plantado”.

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