Alta Velocidade: IP apresenta candidatura aos fundos comunitários no valor de 729 milhões

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Deste valor, 480 milhões serão canalizados para a construção do percurso entre Porto e Oiã e 249 milhões de euros para a ligação entre Oiã e Soure.

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai submeter esta semana a candidatura aos fundos comunitários europeus com vista à construção da linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, nomeadamente a primeira fase que vai ligar Porto a Oiã e de Oiã a Soure.

“Esta candidatura já foi entregue e avaliada no ano passado, no fundo é recuperá-la e acrescentar o que estava em falta, ou seja, uma demonstração que a avaliação do impacto ambiental está concluída e que o concurso foi lançado antes do final da candidatura. São 729 milhões de euros, sendo que 480 milhões vão financiar o primeiro concurso que foi já lançado entre Porto-Oiã e os restantes 249 milhões vão financiar Oiã-Soure”, explicou Carlos Fernandes, vice-presidente das Infraestruturas de Portugal, à margem de uma conferência relacionada com a Ferrovia que decorre esta segunda-feira, em Lisboa.

Sobre o custo da construção da Linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, o responsável adiantou que entre Porto e Oião valor está estimado em 1.975 milhões de euros, sendo que entre Oiã e Soure as verbas são de 1.750 milhões.

“São esses os valores que estão fechados. A operação deste projeto está liberalizado, portanto pode haver operadores públicos ou privados”, referiu Carlos Fernandes.

O vice-presidente da IP destacou ainda a importância de conseguir captar os passageiros que diariamente utilizam o carro para que passem a andar de comboio, principalmente pelas questões do impacto ambiental.

“Se queremos reduzir as emissões de CO2 temos de oferecer cenários competitivos para as pessoas e que tenham interesse em usar a ferrovia e hoje esse cenário não é atrativo”, salientou.

No que diz respeito ao valor dos bilhetes que deverão ser praticados quando a Linha de Alta Velocidade estiver em funcionamento, Carlos Fernandes realçou que é rentável operar um serviço de alta velocidade com preços médios de 25 euros entre Lisboa e Porto. “É um serviço competitivo e que terá uma elevada procura”, sublinhou.

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