Altos cargos da UE. Líderes dos 27 chegaram ao prato principal no jantar do Conselho Europeu

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A nomeação dos altos cargos da União Europeia é um dos dossiers da reunião do Conselho Europeu, que arrancou esta quinta-feira, em Bruxelas. Os líderes dos 27 já chegaram ao prato principal no jantar desta quinta-feira à noite.

A questão dos “top jobs” é indigesta para dois líderes europeus: para a italiana Giorgia Meloni e para o húngaro Viktor Orbán. Talvez por isso, o debate ao jantar começou pela futura Agenda Estratégica da União.

Ao que a Renascença apurou, a França e a Alemanha decidiram apresentar a sugestão de algumas emendas ao texto inicial desta agenda, e é esse o tema que se debate, agora, ao jantar.

Só depois da Agenda Estratégica é que os chefes de Estado e de Governo deverão focar-se nos altos cargos da União.

PPE, Socialistas e Liberais negociaram entre si. Em síntese, querem propor ao Parlamento Europeu que viabilize um novo mandato para Ursula von der Leyen, como presidente da Comissão; querem indicar Kaja Kallas para lider da diplomacia europeia - cargo que também necessita do visto prévio de Estrasburgo - e António Costa para a presidência do Conselho Europeu.

O pacote foi negociado em conjunto mas, na realidade, a ser aprovado nas próximas horas o nome do ex-primeiro-ministro português será essa a única decisão "sem volta atrás", no dossier dos altos cargos da União. Ao contrário dos outros cargos, a nomeação do presidente do Conselho não tem que passar pelo crivo dos eurodeputados.

Será, contudo, importante que ninguém saia descontente do jantar. Se for uma decisão consensual haverá menos riscos de um “xeque-mate” a Von der Leyen, em meados de julho, no Parlamento Europeu.

Fontes diplomáticas em Bruxelas - atentas ao que se passa neste jantar do Conselho Europeu - adiantam à Renascença que, apesar de ser um tema difícil, a ideia é fechar o dossier já esta noite, o mais tardar de madrugada, e evitar que o assunto possa arrastar-se para sexta-feira.

Bastará para isso, uma maioria qualificada dos votos. Mas o ideal é uma base de apoios mais alargada. A aprovação de Giorgia Meloni deixaria Ursula von der Leyen, Roberta Metsola e o PPE mais sossegados.

Resta saber se, em troca, a primeira-ministra italiana consegue garantir para o seu país uma vice-presidência da Comissão Europeia para o seu país.

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