Amazon quer Alexa mais desenvolvida com IA. Subscrição mensal pode ir até aos 10 dólares

3 meses atrás 88

Trata-se da maior mudança no negócio da Alexa desde a sua criação em 2014. Atualmente, a Alexa consegue definir alarmes, reproduzir música ou saber as notícias do dia, mas Amazon quer que assistente seja capaz de fazer mais.

A Amazon quer mostrar que está na corrida que diz respeito ao uso da Inteligência Artificial generativa (GenAI), estando atualmente atrás dos seus concorrentes. Por isso mesmo, e também para reparar o segmento que lhe tem empurrado as contas para o ‘vermelho’ há 10 anos, a Amazon vai mudar a divisão da assistente digital por voz, bem como as colunas Echo.

A notícia foi avançada pela “Reuters”, que denuncia, citando fontes do processo, que a nova Alexa vai ter um serviço de subscrição mensal entre os cinco e 10 dólares. Esta é a maior mudança no negócio quase 10 anos.

O pedido de mudança terá sido feito por Andy Jassy, que quer manter a liderança no segmento cloud, ou não fosse ele um dos responsáveis pela criação da Amazon Web Services, a plataforma de cloud computing da empresa. Caso estas mudanças se confirmem, a Alexa passa a ter duas versões: versão gratuita, que se mantém idêntica à atual; versão paga, em que os utilizados têm acesso a um modelo conversacional com IA mais avançada.

E o que tem a versão paga? Para já, asseguram as mesmas fontes citadas pela “Reuters”, o objetivo passa por conversas mais naturais e pela Alexa conseguir compreender (e satisfazer) pedidos mais complexos. Entre as possibilidades estão a escrita de e-mails ou a encomenda de jantar em plataformas digitais.

O projeto foi apelidado de ‘Banyan’, uma referência às árvores figueira-de-bengala, que possuí raízes aéreas que vão crescendo até atingir o solo e se desenvolvam como troncos. Estas ramificações representam as mudanças que foram sendo introduzidas na Amazon desde a introdução da assistente digital de voz, em novembro de 2014. Ainda assim, este não será o novo nome da Alexa, com a Amazon a querer que este seja um nome de código interno, optando por renomear como “Remarkable Alexa”.

“Já integrámos a GenAI em diferentes componentes da Alexa e estamos a trabalhar arduamente na sua implementação em grande escala [mais de 500 milhões de dispositivos compatíveis] para permitir uma assistência ainda mais proativa, pessoal e fiável aos nossos clientes”, afirmou um porta-voz da empresa liderada por Andy Jassy.

E para quando? Os funcionários da empresa indicam que o prazo para apresentarem resultados é agosto, dado o evento de outono (setembro), em que a Amazon tem o hábito de lançar produtos para serem comercializados a tempo do Natal.

O pedido para aceleração a introdução da GenAI na Alexa terá vindo diretamente de Jassy, que tem um interesse pessoal na sua renovação. Em abril, o CEO comprometeu-se aos investidores com uma “Alexa mais inteligente e capaz”, não dando mais explicações.

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