Ambani. O apelido mais rico do Continente Asiático

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O casamento de Anant Ambani e Radhika Merchant realizou-se no Centro de Convenções Jio World, propriedade dos Ambani, em Bombaim, e na casa da família. Mukesh Ambani, pai do noivo e o detentor da maior fortuna do continente asiático, não poupou esforços nas comemorações.

As cerimónias matrimoniais que consumaram a união entre Anant Ambani e Radhika Merchant duraram cerca de cinco meses, com a grande ocasião – à qual assistiram nomes como Tony Blair, ex-primeiro ministro britânico, e Kim Kardashian – a acontecer no passado fim de semana.

Mukesh e a origem da fortuna

Mukesh Ambani, pai do noivo e o detentor da maior fortuna do continente asiático, não poupou esforços nas comemorações. E se era relativamente desconhecido no Ocidente, um casamento desta magnitude e com convidados deste calibre colocou-o em destaque nos jornais e revistas um pouco por toda a parte.

A principal fonte de riqueza da família deve-se à Reliance Industries Limited, uma multinacional que ramifica a sua atuação em diferentes setores. Da energia ao gás natural, passando pelo entretenimento, telecomunicações e chegando até à indústria têxtil, a empresa fundada pelo pai de Mukesh Ambani, Dhirubhai, em 1958, tem uma market cap estimada em mais de 251 mil milhões de dólares.

Mukesh Ambani é engenheiro químico e viu-se forçado a abandonar o MBA em Stanford, nos Estados Unidos, de modo a ser um apoio para o pai na criação da Reliance. Com apenas 24 anos ficou responsável pelo projeto do complexo Patalganga, um dos maiores e mais importantes centros de petroquímicos do país – setor no qual a empresa do pai começara a apostar forte. 

Segundo o website oficial da Reliance, o investimento cada vez maior em instalações deste tipo, liderado principalmente por Mukesh, conseguiu aumentar de forma significativa as capacidades de produção de petroquímicos da empresa, passando de produzir 1 milhão de toneladas para começar a manufaturar cerca de 21 milhões de toneladas anualmente. No final do século passado, o ainda chairman da gigante multinacional indiana liderou a criação de uma das maiores refinarias de petróleo do mundo em Jamnagar, com capacidade de produzir cerca de 660 mil barris por dia. Projeto que se expandiu mais tarde com a abertura de uma nova refinaria nas proximidades com uma capacidade de produção semelhante, ainda que mais pequena. Com isto, e ainda segundo informações da página oficial da Reliance, Jamnagar tornou-se «o hub mundial de refinação e colocou a Índia firmemente no mapa energético global».

O magnata de 67 anos é ainda membro de destaque do World Economic Forum, da Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos e do Conselho Consultivo Global do Bank of America. O patriarca da família Ambani reforça que «o único fio condutor comum e unificador (…) na Reliance é o espírito de cuidado empatia. Este foi, é e sempre será o verdadeiro espírito Reliance».

O noivo

Após o contexto apresentado sobre a vida profissional do pai – que o levou à liderança do ranking dos mais ricos da Ásia e à décima primeira posição dos mais abastados a nível mundial – fica mais fácil entender o porquê da magnitude e da importância do casamento de Anant Ambani com Radhika Merchant – uma dançarina clássica indiana e filha do CEO e da Diretora da Encore Healthcare –, que chegou até a ter a bênção do recém-reeleito primeiro-ministro, Narendra Modi.

O mais novo dos três filhos de Mukash Ambani está já, com apenas 29 anos, nos Conselhos de Administração da Jio Platforms Limited – uma subsidiária da Reliance –, da Reliance Retail Ventures Limited, da Reliance New Energy Limited e da Reliance New Solar Energy Limited – algo incapaz de gerar surpresa ou admiração – e tem liderado os esforços nas operações internacionais de energias verdes e renováveis.

Também o foco da sua ação não é surpreendente dada a época em que vivemos, sendo o Net Carbon Zero um dos objetivos da empresa da família. Trata-se de uma transição que, se for lograda, mudará totalmente a face da Reliance 

Assim, a família que conta com uma fortuna de perder de vista e uma das mais importantes para o crescimento económico da índia – que se apresenta como uma das maiores economias emergentes – não olhou a custos e realizou celebrações onde também a extravagância não foi poupada.

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