Correio da Manhã 18:50
Lama Khater, de 47 anos, está entre os milhares de palestinianos detidos pelas Forças de Defesa Israelitas no início da guerra, a 7 de outubro. Foi libertada em novembro no âmbito do acordo entre o grupo islamita e Israel, mas guarda memórias dolorosas do tempo em que esteve presa.
A mulher tem cinco filhos e é jornalista, tendo já feito a cobertura de inúmeros momentos do conflito no Médio Oriente. À Al Jazzera, revela que viu a casa, na cidade israelita de Hebron, a ser invadida no dia 7 de outubro, dia em que foi detida. Acabou a ser transportada de um centro de detenção para outro, sem saber do que era acusada ou o que lhe iria acontecer a seguir.
Lama Khater diz ter sido alo de diversas ameaças, entre as quais violação, morte e deportação para Gaza.
A palestiniana chegou a passar o período de detenção numa cela de reduzidas dimensões e extremamente suja com outras seis mulheres na Prisão de Hasharon. O espaço era tão pequeno que as reclusas tinham de permanecer sentadas e dormir à vez.
Depois de Hasharon, foi transferida para a prisão de Damon, no norte de Israel, onde viu outras prisioneiras serem espancadas.
Numa outra prisão para que chegou a ser transferida, a mulher conta que o acesso à comida era muito limitado, que pensos higiénicos eram negados e que as celas eram muito frias.
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