Noite, uma cozinha cheia de livros. A mãe cozinha uma sopa. A filha fala com ela. Sempre.”
Do cenário negro emerge luz sobre uma banca-de-cozinha-biblioteca. Talvez esta imagem induza em erro. Uma biblioteca traz consigo a imagem de estantes com livros ordeiramente pousados em cada prateleira. Preenchida, ou não, terá essa característica. Não aqui, onde os livros se amontoam em pilhas, se dispersam pelo chão, pelas prateleiras, sim, mas tombados, muitas vezes, ao alto, outras. Vazios vários.
Talvez esses vazios sejam espaços por preencher neste puzzle em que, “todas as noites, a mesma noite, a mesma sopa. Para ser filha é preciso existir uma mãe. Uma mãe submersa em solidão acredita que a sua única companhia são os livros, mas – “Mãe, eu estou aqui.”
Solilóquios? Diálogo de ‘surdos’? Fuga para a frente? Não sabemos. Apreendemos apenas que há um enorme, um imenso amor por livros.
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