Tensões geopolíticas não afetam, para já, as previsões para o mercado petrolífero.
Um inquérito realizado a 41 analistas e economistas pela “Reuters” aponta que o preço do barril de Brent em 2024 deverá ficar abaixo do esperado.
A estimativa desceu dos 84,62 dólares para os 84,01 dólares no espaço de um mês. Até agora, o barril tem rondado os 83,50 dólares, tendo recuado 6% em maio, naquela que foi a primeira queda mensal este ano.
Os analistas reduzem assim o risco para o abastecimento de petróleo das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
“Nos próximos meses, não antecipamos qualquer ameaça imediata ao mercado de petróleo derivado de dos conflitos no Médio Oriente ou da situação na Ucrânia-Rússia. O mercado começou a descontar gradualmente o prémio de guerra associado com estes riscos geopolíticos”, disse, à “Reuters”, o analista da SEB Ole Hvalbye, que deixa o alerta que o mercado pode sempre ter “impacto por desenvolvimento súbitos”.
A OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e Rússia, vai reunir-se no dia 2 de junho e deverá manter inalterado o seu corte atual de 2,2 milhões de barris diários.
As restrições à produção deverão manter-se este ano e no próximo para manter o barril nos 80 dólares.
“A produção fora da OPEP vai ser conduzida pelas descobertas offshore no Brasil, Guiana, Noruega, enquanto a produção dos EUA vai continuar elevada”, segundo Suvro Sarkar do DBS Bank.
Os analistas esperam um crescimento na procura em 1,35 milhões de barris diários, abaixo dos 1,37 milhões estimados em abril, mas ainda acima dos 1,1 milhões de barris previstos pela Agência Internacional de Energia (IEA).
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