Analistas mantêm aposta em mais dois cortes de taxas diretoras do BCE até ao final do ano

3 meses atrás 99

O corte de 25 pontos era quase certo, tal como a comunicação do BCE a afastar qualquer caminho pré-definido para os juros. Apesar de inflação e salários de maio, os analistas continuam à espera de novas descidas em outubro e dezembro.

Apesar da decisão quase unânime de cortar juros pela primeira vez em quase cinco anos, o Banco Central Europeu (BCE) recusa comprometer-se com qualquer caminho específico daqui para a frente, frisando a dependência dos dados apesar de as leituras mais recentes da inflação e dos custos do trabalho até terem subido. A expectativa dos analistas mantém-se em mais duas descidas este ano, embora a incerteza tenha crescido com as revisões em alta da projeção para o crescimento e para a inflação este ano.

Os juros diretores da zona euro desceram 25 pontos base (p.b.), tal como esperado, dados os comentários recentes da maioria dos responsáveis pela política monetária europeia. Foi o primeiro corte desde setembro de 2019 e a primeira mexida nos juros desde a subida de setembro do ano passado, quando as taxas de referência ficaram entre 4% e 4,5%. Foi também a primeira vez que o BCE cortou taxas após um período de aperto monetário sem recessão, lembra o banco neerlandês ING.

“Continuamos numa postura restritiva, mesmo com este corte. Estamos hoje mais restritivos em termos reais do que em setembro”, afirmou a presidente Christine Lagarde, sublinhando que o banco continuará dependente dos dados que forem saindo. Este corte pode, portanto, não significar necessariamente um ponto de viragem (apesar da “elevada probabilidade” reconhecida por Lagarde), algo frisado pelo ING.

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