André Santos: «Quero continuar a trabalhar para deixar um legado»

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Pouco mais de um dia depois de ter conseguido revalidar o título de peso-meio-médio da WAKO Pro, o português André Santos ainda não encontrava as palavras certas para descrever o momento alcançado em Abu Dhabi, no último sábado. A Record, o atleta do Sporting deixou claro que não quer ficar por aqui e assumiu ainda que, para lá dos títulos, há algo bem maior que quer deixar escrito na história.

"É difícil encontrar palavras para descrever este título. Acima de tudo estou muito feliz. Orgulhoso de tudo o que fiz, pelo que fizemos enquanto equipa também. Ter ganho o título em Abu Dhabi também teve um sabor especial", assumiu o lutador português, cerca de 24 horas depois daquela luta diante do espanhol com o espanhol Khyzer Nawaz mantém a opinião de que podia ter feito mais.

"É aí que estão as respostas do que fiz de bem e de menos bem. Continuo com a mesma opinião e já vi o combate sete ou oito vezes. Sei que posso fazer muito mais, mas é aqui que estão as respostas que preciso. Tenho de estudar o que fiz de menos bom, para tentar melhorar para o próximo combate. Essa é a parte dura. É enfrentar o que fizemos de menos bem, olhar ao que não fizemos tão bem e tentar melhorar de combate para combate e treino para treino. E tenho a certeza que num próximo combate farei melhor".

Já com três títulos no currículo, André Santos assegura que não quer ficar por aqui e mantém a fome de conquista. Mas há algo mais importante que quer fazer para lá desses feitos. "Apesar destes três títulos terem grande importância, no fundo tudo isto são coisas superficiais e ao longo do tempo leva-me a pensar que o que quero é muito para além dos títulos. Mas sim trabalhar para deixar um legado que as pessoas possam lembrar mais tarde. Lembrar-me oor aquilo que fiz, pelo que trabalhei, pelo que influenciei. Isso para mim é o mais importante. Porque é isso que vai ficar, não são os títulos. Mas sim a forma como trabalhei, como tratei as pessoas, como eu desfrutei destes momentos. E de alguma forma conseguir ajudar ou inspirar a que as pessoas encontrem os seus próprios objetivos. Isso é o mais imporatnte, porque quando estava numa fase em que não sabia o que queria, ver outros atletas noutro patamar fez-me ter essa noção, ajudou-me bastante a encontrar o que queria. A fome está em continuar a trabalhar, dedicar-me o mais possível e fazer o que gosto. Tentar ao máximo desfrutar deste caminho, que é o mais importante"

A fechar, houve ainda elogios à forma como tudo decorreu no UAM Fight Night K1 Pro. "Foi muito bem organizado. Desde o momento em que cheguei a Abu Dhabi fui muito bem tratado. As lutas foram muito bem casadas, com grandes atletas. É isso que os fãs de kickboxing precisam e querem ver. Fico feliz que haja esta ligação a organização e a WAKO Pro, porque faz crescer o kickboxing a nível mundial e isso é o mais importante", finalizou o lutador luso, que agora vai ter um período de ausência "para curar algumas lesões".

Mas a garantia foi deixada logo depois: "Em breve voltarei aos ringues!"

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