Angola é candidata a receber mais empresas do sector petrolífero, antevê advogada

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Segundo Ana Major, consultora internacional da Melo Alves, Angola “tem campos de produção em fase madura”, disponibilizando “novas oportunidades de exploração em campos testados”.

O mercado de fusões e aquisições em Angola deverá crescer este ano para 642,40 milhões de dólares, de acordo com o organismo de estatística alemão Statista. Segundo a Autoridade de Regulação de Concorrência (ARC), no ano passado foram notificados 17 atos de concentração, a maior parte no sector petrolífero (29%). Ao Jornal Económico (JE), a especialista na área da lusofonia Ana Major, consultora internacional da Melo Alves, destaca que o aumento “está estreitamente ligado aos investidores estrangeiros”.

“A atividade de M&A em Angola vai certamente ser o reflexo do grande aumento global dessa atividade no mundo”, analisou a advogada. “Tal como nos dá a conhecer a Forbes e a media especializada, tem havido um incremento de transações de grandes players, com o objetivo de manterem as suas posições dominantes no Permian Basin nos Estados Unidos [Bacia do Permiano, no sudoeste dos EUA]”, explicou, acrescentando que o aumento decorrerá tanto por transações de fusões e aquisições no âmbito corporativo como pela aquisição de interesses participativos em joint ventures (JV). Em causa estão, lista Ana Major, as operadoras Chevron, Exxon-Mobil, ConnocoPhillips, Occidental e Diamondback Energies. “Querendo manter como ativos essenciais as posições que detêm naquela bacia, estão disponíveis para a venda daqueles que consideram ser “ativos não essenciais” dentro e fora da América do Norte”, explicou.

Além disso, citando a GlobalData, “a offshore Technology dá nota de cerca de 60 transações de M&A na indústria de petróleo e gás europeia (valendo 3,4 mil milhões) e de 20 na indústria britânica”. Nas palavras da advogada, que teve funções de gestão na área do petróleo e gás, Angola “pode perfeitamente situar-se como um candidato a receber novos players”, dado que “tem campos de produção em fase madura” e que “disponibiliza novas oportunidades de exploração em campos testados ou em novas bacias com potencial”.

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