“Ano extraordinário para os bancos portugueses”: Agência de rating antecipa “resultados fortes” para o segundo semestre

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Para o que resta de 2024, a Morningstar DBRS acredita que “há razões, incluindo a evolução das taxas de juro e a economia portuguesa saudável, para esperar mais um ano de resultados fortes” e que “a melhoria da liquidez e das posições de capital também caracterizou o desempenho do primeiro semestre”.

Os lucros dos cinco maiores bancos em Portugal subiram 31,4% até junho com lucros agregados de 2.619,4 milhões de euros e a tendência, de acordo com um relatório da agência de rating Morningstar DBRS, será para a manutenção dessa trajetória de bons resultados.

Destaca a agência de rating que os maiores bancos portugueses “fecharam o primeiro semestre de 2024 à frente nas principais métricas financeiras face aos resultados de há um ano” e que “os fortes resultados do primeiro semestre – que já se seguiram aos resultados históricos de 2023 – beneficiaram da evolução positiva contínua da margem financeira, bem como de volumes de crédito mais elevados e de menores custos de risco”.

Em termos homólogos, explica Morningstar DBRS que “a NII aumentou dois dígitos e as provisões e imparidades diminuíram quase para metade. A qualidade resiliente dos ativos devido, em parte, à conjuntura macroeconómica favorável e a melhoria das posições de capital e liquidez também caracterizam o desempenho do primeiro semestre”.

Conclui a agência de rating que “estas tendências apontam para a possibilidade de mais um ano extraordinário para os bancos portugueses. Para o resto de 2024, a Morningstar DBRS acredita que “há razões, incluindo a evolução das taxas de juro e a economia portuguesa saudável, para esperar mais um ano de resultados fortes” e que “a melhoria da liquidez e das posições de capital também caracterizou o desempenho do primeiro semestre”.

“Esperamos que as tendências nos custos de depósitos, taxas de juros e volumes de empréstimos influenciem o lucro líquido dos bancos no restante de 2024”, destacou Jason Graffam, vice-presidente sénior de classificação de instituições financeiras e soberanas globais, numa nota de research.

“As taxas de depósito parecem ter atingido um pico no final do ano passado e prevemos que as taxas de depósito e de empréstimo diminuam gradualmente juntamente com as taxas de política monetária e se estabilizem em níveis estruturalmente mais elevados. Assim, os lucros dos bancos continuarão a ser suportados pela recuperação do volume de empréstimos”, conclui.

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