ANTEVISÃO | Uns sonham ser surpresa, outros afirmação

Mais uma noite, mais uma batalha que promete prender os espectadores ao sofá. A Áustria, visto aos olhos de muitos como uma potencial surpresa, vai defrontar a poderosa França, uma equipa que dispensa apresentações. Num grupo pautado pela qualidade coletiva, uma arrancada em falso pode ser significar o 'adeus' precoce na competição.

Os comandados de Ralf Rangnick não querem certamente fazer de corpo presente na competição, com os jogos particulares a irem de encontro com a respetiva mentalidade. Os wunderteam vêm de resultados bastante positivos, mostrando um futebol atrativo e contagiante. 

A Áustria, ao contrário de outras seleções, não precisa de grandes estrelas para brilhar. A equipa destaca-se pelo seu coletivo e pela sua apurada organização, com todos os elementos a mostrarem-se conscientes nas suas tarefas ofensivas e defensivas. Contudo, no outro canto reina o talento individual, muito difícil de ser travado.

Convicções postas à prova

Antoine Griezmann, Olivier Giroud, N'Golo Kanté e Theo Hernández são alguns dos craques dos bleus. Contudo, o nome mais sonante é claramente o de Kylian Mbappé. O explosivo avançado é uma constante ameaça às redes adversárias, aliando uma apurada capacidade técnica à sua veia goleadora. 

A turma gaulesa, tal como é seu apanágio, mostra grande facilidade em colocar a bola no fundo das redes. No entanto, não tem demonstrado a segurança habitual na proteção da sua baliza, com os amigáveis diante do Chile a Alemanha a exemplificarem esta ideologia. Os pupilos de Didier Deschamps vão precisar de fazer alguns ajustes táticos para olear a potente máquina.

Com o objetivo de reviver a brilhante campanha do Mundial 2018, que culminou na conquista de um precioso título, a França quer fazer ajustes líricos na música Ramenez la coupe à la maison, um tema que deu que falar à época. Porém, neste primeiro desafio, a Áustria tem uma palavra a dizer, querendo ser a grande surpresa. Tudo para ser um grande jogo. Veremos quem irá sorrir na hora do último apito de Gil Manzano.