16 mai, 2024 - 09:45 • André Rodrigues , João Malheiro
Carla Ferreira da APAV afirma que a escola devia ter prestado "auxílio à criança que possa ter sido vítima".
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) considera ser grave a possibilidade de uma escola não reportar uma agressão. A APAV admite, à Renascença, que o estabelecimento de ensino em causa possa ter falhado.
O Ministério da Educação já identificou o estabelecimento de ensino, que - de acordo com o gabinete do ministro Fernando Alexandre - não tem registo de qualquer ocorrência disciplinar.
Carla Ferreira, da APAV, refere que "cada vez mais temos um envolvimento positivo das escolas" no que toca a denunciar e lidar com casos de violência nas escolas.
À Renascença, a diretora-geral do Centro Padre Alves Correia, Ana Mansoa denunciou a existência de um caso de linchamento de um menino nepalês de nove anos por cinco colegas que foi filmado por um sexto e colocado nas redes sociais.
Depois de a Renascença ter noticiado o caso, as últimas horas ficaram marcadas por comunicados contraditórios entre aquela instituição da Igreja e o Ministério da Educação.
No eventual caso da escola ter tido conhecimento do caso, mas não o ter reportado à tutela, a representante da APAV aponta que isso não devia ter acontecido.
"As escolas têm um conjunto de obrigações. Não é, meramente, dar um conhecimento à tutela. É ter um papel ativo, que permita auxílio à criança que possa ter sido vítima", acrescenta.
Carla Ferreira afirma, ainda, que a escola deve ter "um papel ativo junto das crianças por trás da agressão, para as reeducar".
"A ser verdade, devia, obviamente, ter havido aqui uma intervenção", diz, também.