Arábia Saudita exige reconhecimento do Estado palestiniano

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"O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que a posição do Reino tem sido e continua firme em relação à questão palestiniana e à necessidade do povo irmão palestiniano obter os seus direitos legítimos", lê-se na nota divulgada pelo Ministério saudita.

O comunicado enfatizou que "não haverá relações diplomáticas com Israel a menos que o Estado palestiniano independente seja reconhecido com as fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como a sua capital, sem o fim da agressão israelita contra a Faixa de Gaza e sem que as forças de ocupação israelitas saiam do enclave" palestiniano.

A nota, divulgada pela agência de notícias saudita SPA, referiu que o reino árabe "comunicou a sua posição firme à Administração norte-americana", numa referência velada à reunião que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, realizou na segunda-feira em Riade com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.

O Ministério saudita apelou "à comunidade internacional, em particular aos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para acelerar o reconhecimento do Estado Palestiniano com as fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como a sua capital".

Este reconhecimento, segundo os sauditas, permitirá "ao povo palestiniano alcançar os seus legítimos direitos e estabelecer uma paz justa e abrangente para todos".

A nota do Governo saudita surge quando há intensos esforços dos Estados Unidos, com a ajuda do Egito e do Qatar, para alcançar um cessar-fogo em Gaza que garanta a libertação dos reféns israelitas detidos pelo grupo islamita Hamas, que controla o enclave palestiniano, e o aumento da ajuda humanitária à população civil da Faixa.

A guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza começou em 07 de outubro, após o grupo islamita ter invadido o território israelita e matado 1.200 pessoas e feito 240 reféns. O Hamas afirma que mais de 27 mil pessoas já morreram no enclave palestiniano desde o início do conflito.

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