A falta de aprovação do plano de Milei, que vem da sua candidatura, é um grande passo atrás para o presidente.
O presidente da Argentina pediu que dois membros do seu governo apresentassem a demissão. O pedido de Javier Milei chega depois do congresso do país sul-americano ter rejeitado, no início da semana, o plano de reformas, pedindo um maior compromisso com a sua agenda e planos económicos.
“A crise económica herdada e o atual momento histórico exigem políticos comprometidos com a modernização, simplificação e desburocratização do Estado”, escreveu o gabinete de Milei na rede social X (ex-Twitter), numa nota onde era pedida a renúncia aos cargos.
Javier Milei, que assumiu o governo no passado mês de dezembro, pediu a demissão à secretária da exploração mineira, Flavia Royon, e a Osvaldo Giordano, responsável pela agência da segurança social, de acordo com a “Reuters”.
A falta de aprovação do plano de Milei, que vem da sua candidatura, é um grande passo atrás para o presidente. O plano de Javier Milei previa a privatização de várias empresas e entidades estatais e concedia-lhe mais poderes presidenciais. De relembrar que o agora presidente argentino defendia que este plano iria tirar a Argentina da profunda crise económica em que se encontra.
Em resposta, também no X, o responsável da agência da segurança social, lamentou não ter tido tempo suficiente para implementar as alterações pretendidas.
O pedido de Milei acontece num momento em que este não se encontra no país. O presidente argentino está em visita oficial a Roma, tendo marcada uma reunião com o Papa Francisco.