Argentina. Milei põe fim à Agência Federal de Inteligência que acusa de "espionagem" e "perseguição política"

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16 jul, 2024 - 11:26 • João Carlos Malta

O presidente argentino vai resgatar a Secretaria de Inteligência do Estado que estará sob seu comando.

Javier Milei, presidente da Argentina, decidiu pôr fim à Agência Federal de Inteligência (AFI), um organismo equivalente ao SIS em Portugal, que gere as informações mais sensíveis e de segurança interna do estado argentino.

Através de fonte oficial, segundo o jornal “Clarín”, o Governo informou esta manhã que Javier Milei decidiu dissolver a Agência Federal de Inteligência e regressar a uma solução anterior, a SIDE, anterior Secretaria de Inteligência do Estado.

A mudança, segundo o argumento oficial, deve-se à nomenclatura da AFI tem sido "utilizado para atividades espúrias como a espionagem interna, o tráfico de influências e a perseguição política e ideológica".

“A proliferação destas condutas constituiu uma dívida para com o sistema democrático e republicano que hoje começamos a pagar”, sinalizou o Presidente no seu gabinete virtual.

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A SIDE continuará a ser dirigida pelo atual diretor da agência de informações, Sergio Neiffert, que tomou posse em junho último para substituir Silvestre Sívori. “O desvirtuamento do papel da agência de inteligência durante décadas foi total”, diz o Governo.

Milei considerou ainda que a antiga AFI não tinha “supervisão eficaz” em consequência, indicaram, de “intervenções que duraram anos”.

A Secretaria de Estado da Inteligência (SIDE) que agora foi reativada dependerá diretamente do Presidente. Terá ainda o controlo operacional de quatro agências criadas “com o objetivo de transformar e modernizar o sistema de inteligência, promovendo a excelência e o profissionalismo no desenvolvimento das suas tarefas”.

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