As Chaves para um Santo regresso

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Terminou a paragem para os compromissos das seleções nacionais e, em dia de sexta-feira santa em Portugal Continental, o Benfica, campeão nacional em título, regressa ao ativo e vai em busca de arrancar da melhor forma a ponta final da temporada. Pela frente tem um Chaves desesperado por pontos, que sabe que qualquer jogo é uma autêntica final na luta pela manutenção.

Apesar de alguma instabilidade exibicional, o Benfica chega a este jogo proveniente de três vitórias seguidas e sabe da importância de dar seguimento a esse momento, até para colocar pressão sobre o rival e líder Sporting, visto que na próxima jornada há dérbi, que pode bem «acabar» ou relançar a ponta final da luta pelo título.

O plantel teve um par de semanas para recuperar energias - Roger Schmidt deu, inclusive, alguns dias de folga logo no arranque da pausa - e surge com a obrigação de estar (quase) na máxima força. Há, no entanto, algumas dúvidas, nomeadamente relativas aos internacionais e à dupla argentina de Di María e Otamendi, que fizeram meio mundo para regressar a Lisboa nas últimas horas/dias. Com António Silva de fora (castigo), Schmidt deve fazer esse forcing com o central, para não rodar os dois centrais, mas é provável que descanse o seu compatriota, até porque vêm aí dois dérbis decisivos.

Benfica venceu na 1ª volta @Kapta+

As mudanças, no entanto, não se devem ficar por aqui. Arthur Cabral foi decisivo frente ao Casa Pia (0-1) e fez por merecer o regresso à titularidade e pode bem ser acompanhado de David Neres (para o lugar de Di María) e até, talvez, Tiago Gouveia, fazendo Roger Schmidt baixar João Mário para o lado de João Neves. Kokçu foi reintegrado, mas dificilmente será já titular, depois da polémica entrevista que deu.

O Chaves, por sua vez, entrou claramente na fase do tudo ou nada na temporada, um sentimento que tem pairado sob os flavienses um pouco em toda a temporada, até ao momento. A turma comandada por Moreno Teixeira tem estado constantemente entre os últimos classificados e desespera pelo sabor da vitória, que foge há quatro jogos - a última foi em meados de fevereiro, frente ao Boavista, por 2-1. A missão será, contudo, muito difícil.

Apesar de jogar na casa do campeão nacional, na antevisão da partida, Moreno Teixeira deu a entender que pretende um Chaves próximo, apesar da derrota, ao da última jornada, frente ao Vitória SC (1-2), embora se espere algumas mudanças, tanto pelo cariz do adversário, como pelos compromissos de seleções. A condição física de Essugo levanta questões e talvez haja uma aposta num extremo mais veloz do que Rúben Ribeiro, para apostar na transição, como Sanca.

Histórico evidente

Para quem gosta de se agarrar ao histórico de confrontos para analisar uma partida, esta é daquelas que não causa grandes dúvidas. Ao longo da história, entre todas as competições, Benfica e Chaves já se defrontaram um total de 38 vezes e as águias venceram 30 das mesmas - contra quatro vitórias flavienses. Olhando apenas para os jogos na Luz, o domínio encarnado é ainda mais evidente, com 18 vitórias (e dois empates) em 20 jogos.

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