As marcas mais vendidas no mercado português até setembro 2024

Com nove meses de 2024 já passados, é altura de fazer um ponto de situação não só dos números do mercado nacional, como também das marcas que mais têm vendido.

As notícias são positivas. As vendas de automóveis continuam a crescer no mercado português — em setembro não foi exceção, tendo subido (ligeiros e pesados) 6,1%. No acumulado do ano (janeiro-setembro) as vendas estão a subir 4,6%, totalizando 186 996 unidades.

Deste total, 157 842 unidades são ligeiros de passageiros, representando um aumento de 2,9% em relação ao mesmo período em 2023 (crescimento inferior ao do mercado).

As 10 marcas mais vendidas

Quando decompomos estes números pelas marcas automóveis, é a Peugeot que continua a liderar confortavelmente o mercado nacional, apesar de no acumulado do ano, as vendas estarem a descer 8,1% (15 857 un.) em relação ao período homólogo.

Como referimos quando analisámos as vendas do mercado nacional no primeiro semestre de 2024, é a disputa pelo segundo lugar que está particularmente animada, estando a ser disputado por três marcas: Renault, Dacia e Mercedes-Benz.

Se no primeiro semestre a Renault ocupava a segunda posição, um trimestre depois cai duas posições, tendo sido ultrapassada pela Mercedes-Benz e pela Dacia.

A Mercedes-Benz continua a registar um crescimento assinalável em 2024 (+16,8% e 12 520 un.), o que permitiu alcançar a segunda posição entre as marcas mais vendidas em Portugal. A Dacia, que no acumulado dos seis meses tinha ficado à porta do Top 3, alcança agora o lugar mais baixo do pódio, com 12 008 unidades, que se traduz num crescimento de 8,3%.

© André Mendes / Razão Automóvel Renault Rafale

Fora do pódio no qual costuma ser presença assídua, como já referimos, fica a Renault. Tal como a conterrânea Peugeot, a Renault este ano está a vender menos que em 2023. As vendas estão a decrescer 5%, correspondendo a 11 414 unidades matriculadas.

Estas foram as 10 marcas mais vendidas em Portugal nos primeiros nove meses de 2024:

No Top 10 é ainda de realçar a performance da Tesla, com as vendas a subirem 18% — o maior crescimento entre as 10 marcas mais vendidas. Para além desta, também a Citroën e a Toyota se destacam pelas suas subidas de 10,4% e 9,6%, respetivamente.

A SEAT, apesar do crescimento negativo, ocupa agora o décimo lugar, ultrapassando a Kia por apenas 13 unidades.

E as marcas chinesas?

Fora das 10 marcas mais vendidas em Portugal, são os construtores chineses aqueles que continuam a mostrar o crescimento mais expressivo.

A MG, de origem inglesa, mas cuja gama é totalmente concebida e produzida na China, registou uma subida de 130,4% (1742 unidades) em relação aos nove primeiros meses de 2023.

© BYD BYD Seal U

No entanto, este crescimento não foi suficiente para evitar ser ultrapassada pela BYD, que acumula agora 1908 unidades — passa a ser a marca chinesa que mais vende em Portugal. Devido ao facto de só ter iniciado atividade em Portugal o ano passado, cabe à BYD a maior subida do mercado, que podemos chamar de estratosférica: 1131%.

A Aiways — marca chinesa que abandonou o mercado chinês —, ao contrário da BYD e da MG, está em queda acentuada. Entre janeiro e setembro as vendas desceram -73,7%, totalizando apenas 10 unidades.

No universo Geely, a Volvo continua manter um crescimento expressivo (35,9%) com 5347 unidades vendidas. Também a Smart tem mostrado ter um 2024 particularmente positivo no nosso país, com uma subida de 132,1% (441 unidades).

Por sua vez, a Polestar apesar de um outubro muito positivo (+118,2%), no acumulado do ano está ainda no vermelho, com uma descida de 23,9% (181 unidades).

E as outras?

De resto, entre as marcas que mais estão a subir no mercado nacional até setembro temos a Lamborghini (100% e 26 unidades), a Honda (47% e 588 unidades), a Mitsubishi (44,1% e 2 637 unidades), a Jeep (42,6% e 1474 unidades) e a Porsche (37,7% e 931 unidades).

Em trajetória oposta, entre as marcas que mais desceram temos a Jaguar (-52,2% e 107 unidades), a Mazda (-45,1% e 518 unidades), a Ford (-26,1% e 3792 unidades) e a Opel (-21% e 4898 unidades).

Fonte: ACAP