Ataque israelita no Iémen faz três mortos e 87 feridos

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21 jul, 2024 - 03:16 • Lusa

Aviões de guerra israelitas bombardearam o porto de Hodeida, controlado pelos huthis, em resposta a um ataque do movimento em Telavive, no qual morreu uma pessoa.

Pelo menos três pessoas morreram nos ataques aéreos israelitas no porto estratégico de Hodeida, no Iémen, disseram os rebeldes huthis, dois dias depois de terem atacado Telavive com um drone.

"Três mártires e 87 feridos" com "queimaduras graves", indicou o Ministério da Saúde huthi, de acordo com a agência de notícias Saba, dirigida pelos rebeldes xiitas, apoiados pelo Irão, inimigo declarado de Israel.

No sábado, aviões de guerra israelitas bombardearam o porto de Hodeida, controlado pelos huthis, provocando um enorme incêndio, em resposta a um ataque do movimento em Telavive, no qual morreu uma pessoa.

De acordo com os especialistas, estes são os primeiros ataques anunciados por Israel contra o Iémen, palco de uma guerra entre huthis e o governo, situado a cerca de 1.800 quilómetros de Israel.

Os huthis estão a atacar há meses, ao largo das costas do Iémen, navios que consideram ligados a interesses israelitas, em solidariedade com os palestinianos de Gaza, e dispararam mísseis contra cidades israelitas, a grande maioria dos quais foi intercetada.

"Tenho uma mensagem para os inimigos de Israel: não se enganem. Defender-nos-emos por todos os meios, em todas as frentes. Quem nos atacar pagará um preço muito elevado", declarou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num discurso transmitido pela televisão.

O exército israelita afirmou que os "aviões de guerra atingiram alvos militares do regime terrorista huthi na região do porto de Hodeida, em resposta às centenas de ataques perpetrados contra Israel" pelos rebeldes.

Este porto, essencial sobretudo para a ajuda humanitária, serve de "principal via de abastecimento de armas iranianas do Irão para o Iémen, a começar pelo drone utilizado no ataque de Telavive", acusou o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari.

"A entidade sionista pagará o preço dos seus ataques contra instalações civis e nós responderemos à escalada com a escalada", avisou Mohammed al-Bukhaiti, membro do gabinete político dos huthis, que controlam vastas zonas do Iémen, incluindo Hodeida (oeste).

Os huthis integram o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o grupo islamita palestiniano Hamas e o movimento xiita libanês Hezbollah.

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