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Uma idosa de 96 anos foi condenada a 18 meses de pena suspensa, esta segunda-feira, depois de se ter declarado culpada por um atropelamento mortal, provocado pela sua “condução perigosa”, em Merseyside, no Reino Unido.
A sentença foi proferida pelo Tribunal da Coroa de Liverpool, acreditando-se que June Mills seja a pessoa mais idosa do Reino Unido a ser condenada por ter causado uma morte devido à sua condução perigosa, noticiou a Sky News.
A idosa declarou-se culpada pela morte de Brenda Joyce, de 76 anos, em agosto do ano passado. Mills atropelou ainda Jennifer Ensor, de 80 anos, que sofreu ferimentos ligeiros, ao subir o passeio por ter acelerado demasiado.
“O pedal do acelerador caiu sob o seu pé, ela entrou em pânico e não conseguiu reagir”, argumentou o advogado de defesa, Tom Gent.
O advogado adiantou que a mobilidade da idosa piorou desde o incidente, tendo notado que a mulher não conseguiria realizar um trabalho não remunerado, já que apenas consegue dar alguns passos.
Além disso, Gent deu conta de que Mills entregou a sua carta de condução após o acidente, esteve envolvida em ações de caridade para vítimas de crimes e jovens delinquentes e “albergou e continua a albergar refugiados ucranianos”.
“As consequências vão persegui-la para sempre. Sente-se muito envergonhada e culpada”, complementou.
O juiz Simon Medland, por seu turno, disse que o caso é, de todos os ângulos, “uma tragédia”.
Mills foi ainda condenada ao pagamento de uma multa de 1.500 libras (cerca de 1.795 euros), bem como ao pagamento de 500 libras (cerca de 598 euros) por custos processuais. Não poderá conduzir durante cinco anos.
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