Ataques contra Houthis dividem países no Ocidente e no mundo árabe

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No Ocidente, Itália recusou fazer parte dos ataques lançados na noite de quinta-feira, no Iémen, contra posições dos rebeldes Houthis. O Governo italiano de extrema-direita alega que prefere seguir outro caminho na resolução da crise no Mar Vermelho.

Quanto ao mundo árabe, o Irão e Omã condenam os ataques e consideram que Estados Unidos e Reino Unido violaram a soberania do Iémen. A Jordânia alerta para a ameaça de uma guerra mais ampla no Médio Oriente e defende que os “crimes de guerra” israelitas contra os palestinianos são responsáveis pelo aumento da violência no Mar Vermelho. A Arábia Saudita apela à “contenção e à prevenção da escalada” após os ataques dos EUA e do Reino Unido. O reino saudita lidera uma campanha de bombardeamentos aéreos contra os houthis desde 2015, mas agora admite que está a acompanhar a situação "grande preocupação".

A Arábia Saudita é um aliado fundamental de Washington e Londres que são os dois maiores fornecedores de armas ao reino.

No Líbano, o grupo radical islâmico Hezbollah também condenou os ataques contra 60 alvos Houthis no Iémen. No mesmo sentido, a Rússia condena a operação militar por ser uma aventura irresponsável que corre o risco de semear o caos em todo o Médio Oriente.

Em comunicado, britânicos e norte-americanos garantem que a operação militar consistiu em bombardeamentos direcionados para alvos do movimento Houthi. Os rebeldes iemenitas têm atacado navios internacionais no Mar Vermelho.O presidente norte-americano já veio afirmar que esta foi uma ação concertada que contou com o apoio de vários países - incluindo Austrália, Bahrain, Canadá e os Países Baixos.

Na Europa, a Alemanha defende que a ação contra os alvos Houthis tem como objetivo evitar novos ataques dos rebeldes iemenitas.

A França considera que os Houthis são responsáveis pela escalada de tensão no Mar Vermelho.

O chefe da diplomacia francesa, citado pela Reuters, defende que, “com estas ações armadas, os hHuthis são os únicos responsáveis pela escalada na região”.

Na Bélgica, o ministro dos Negócios Estrangeiros garante que os ataques dos Houthis são um perigo real para a estabilidade da região e não beneficia ninguém.

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