Uma ativista antiaborto foi condenada a quase cinco anos de prisão por ter bloqueado o acesso a uma clínica de planeamento familiar em Washington DC, nos Estados Unidos. O caso remonta a 2020, quando a mulher, identificada como Lauren Handy, agrediu uma enfermeira e forçou a entrada da Surgi-Clinic.
Segundo a BBC, Handy, atualmente com 30 anos, foi uma das várias pessoas condenadas por crimes contra os direitos civis na sequência do incidente.
Em 2022, no mesmo dia em que foi acusada, as autoridades norte-americanas encontraram cinco fetos na sua habitação, após uma denúncia sobre a presença de "material com potencial risco biológico".
Handy é líder do grupo Progressive Anti-Abortion Uprising (PAAU) e descreve-se como uma "anarquista católica". Após a acusação, negou uso da força para obstruir os serviços de saúde reprodutiva, um crime previsto na Lei da Liberdade de Acesso às Entradas das Clínicas.
No entanto, foi considerada culpada em agosto de 2023 e condenada na terça-feira.
Durante uma audiência do julgamento, foi revelado que a mulher marcou uma consulta na clínica de aborto em outubro de 2020, usando uma identificação falsa. Quando chegou ao local, forçou a entrada na clínica, juntamente com outras pessoas.
O grupo permaneceu no interior da clínica durante várias horas, transmitindo o bloqueio em direto na rede social Facebook, enquanto se armavam e usavam móveis, cadeados e correntes para bloquear as portas da clínica.
A mulher e oito outras pessoas foram detidas e acusadas de conspirar para ferir, oprimir, ameaçar e intimidar pacientes e funcionários.
Lauren Handy foi condenada a quatro anos e nove meses de prisão, sendo que três anos podem ser cumpridos em liberdade vigiada.
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