Ativista de direitos humanos russo condenado a dois anos e meio de prisão

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O veterano ativista dos direitos humanos, Oleg Orlov, foi condenado esta terça-feira a dois anos e meio de prisão, após ser considerado culpado de desacreditar das Forças Armadas russas, num julgamento num tribunal de Moscovo.

Orlov, de 70 anos, foi um dos líderes do grupo de defesa dos direitos humanos 'Memorial' durante mais de 20 anos. O grupo ganhou uma parte do Prémio Nobel da Paz em 2022, um ano depois de ter sido banido e dissolvido na Rússia, reporta a agência Reuters.

A 'Memorial' adiantou que que Orlov foi algemado após o veredito e o tribunal ordenou que fosse levado imediatamente sob custódia policial.

Em declarações no fim do julgamento, ocorrido na segunda-feira, Orlov lamentou o "estrangulamento da liberdade" e a "distopia" que se vive na Rússia.

O processo contra o ativista teve origem num artigo que escreveu em 2022, no qual afirmava que a Rússia de Vladimir Putin tinha descido ao fascismo.

Inicialmente, um tribunal distrital multou-o em 150 mil rublos (equivalente a cerca de 1507,45 euros), mas um novo julgamento determinou a pena de prisão efetiva.

A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos na Rússia, Mariana Katzarova, considerou o julgamento de Orlov "uma tentativa orquestrada de silenciar as vozes dos defensores dos direitos humanos na Rússia".

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