Autarquia fê-lo esconder barco. Então, pintou mural com embarcação

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Depois de ter sido obrigado a colocar uma cerca para esconder o seu barco, Etienne Constable, de Seaside, no estado norte-americano da Califórnia, teve uma ideia: pedir ao vizinho, que é artista, para pintar um mural realista da embarcação, por forma a criar uma ilusão de ótica.

“Atingimos o ponto ideal entre seguir as regras e fazer uma declaração elegante e contrária”, considerou Constable, em declarações ao The Washington Post.

Há 29 anos que o homem reside naquele local e nunca teve problemas em estacionar o atrelado do seu barco em frente à garagem. Mas isso mudou em julho do ano passado, quando recebeu uma carta da autarquia que apontava que o código municipal exigia que os barcos e reboques fossem “protegidos nas laterais e na frente por uma cerca de dois metros de altura”, sob pena de ter de pagar uma multa de 100 dólares (cerca de 92 euros).

“Pensei: 'Isto é ridículo', e a minha primeira reação foi deixar uma mensagem muito desagradável na autarquia. Depois pensei, bem, é melhor construir uma cerca… Farei o que quiserem, mas não como querem”, disse.

Por isso, o homem conversou com o vizinho, o artista Hanif Panni, sobre a possibilidade de pintar a cerca para ser exatamente igual ao barco.

O artista, conhecido como Hanif Wondir, demorou quatro dias a completar o mural, cujo processo partilhou nas redes sociais, onde se tornou viral. Contudo, a obra também chamou à atenção de quem por ali passava, tendo dado conta de que também tinham recebido cartas semelhantes.

Até o administrador municipal interino de Seaside, Nick Borges, recebeu imagens da cerca. Ao fim de anos a receber reclamações de que a cidade era negligente quanto à aplicação das leis, o responsável adiantou que a autarquia contratou uma pessoa para fazer cumprir a legislação, daí as cartas enviadas aos residentes.

O caso de Constable foi encerrado em novembro, quando a cerca foi avistada. Agora, Borges assegurou que a autarquia não vai tomar qualquer ação contra o homem.

“A única ação que vou tomar é a dar um mais cinco e pronto”, disse.

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