Autor de ataque a Fico será um homem de 71 anos. O que se sabe até agora

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O suspeito de ter tentado assassinar o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, foi identificado, segundo a imprensa local, como Juraj C., um homem de 71 anos, residente em Levice, a cerca de 80 quilómetros de Handlova, onde ocorreu o ataque.

De acordo com a televisão eslovaca JOJ TV, Juraj C., nascido em 1953, é escritor e poeta e um dos membros da Associação de Escritores Eslovacos. Ter-se-á aproximado do primeiro-ministro, junto à Casa da Cultura, após gritar "Robo, vem aqui" no meio de uma multidão que tentava cumprimentar Fico, após uma reunião do governo.

Foram disparados entre quatro a cinco tiros e os seguranças conseguiram rapidamente imobilizar o suspeito. 

Após o ataque, o primeiro-ministro eslovaco foi colocado dentro de um carro e posteriormente transportado de helicóptero para o Hospital Roosevelt, em Banská Bystrica, "porque demoraria muito tempo para chegar a Bratislava [a cerca de 150 quilómetros] devido à necessidade de um procedimento urgente", revelou o seu gabinete. 

A mesma fonte adiantou que Fico foi "baleado várias vezes" e "está atualmente em risco de vida". Já o jornal SME revelou que o responsável foi atingido no "abdómen" e "no ombro e na mão".

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O suspeito encontra-se detido e foi instaurado um processo criminal por tentativa de homicídio premeditado.

Poderá enfrentar uma pena de prisão perpétua, uma vez que, de acordo com o Código Penal eslovaco, um crime de homicídio premeditado é punido com pena de prisão de "20 a 25 anos". No entanto, se o ataque "for dirigido a uma pessoa protegida", como um primeiro-ministro, a pena aumenta para prisão perpétua, explica o SME.

A tentativa de assassinato já foi condenada por vários líderes mundiais que se dizem "chocados" com o "ataque bárbaro" e "vil".

"Ato bárbaro" e "vil". As reações ao ataque ao primeiro-ministro eslovaco

Vários líderes europeus condenaram o ataque a Robert Fico, que foi baleado esta amanhã após uma reunião com o governo.

Notícias ao Minuto | 16:01 - 15/05/2024

Sublinhe-se que, desde que chegou ao poder em 2023, Robert Fico pôs fim à ajuda militar de Bratislava à Ucrânia e apelou para conversações de paz entre Kyiv e Moscovo, gerando críticas das autoridades ucranianas e dos seus aliados europeus.

Mais recentemente, no início de abril e numa mudança de tom em relação ao conflito ucraniano, defendeu uma solução pacífica que respeite a "integridade territorial" do país.

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