Autoridade Palestiniana diz que processo no TPI é triunfo da justiça

8 meses atrás 96

O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano indicou num comunicado publicado na rede social X que "responsabiliza Israel, a potência ocupante, através da utilização de todas as ferramentas legais e instituições internacionais de justiça."

Sublinhou que a Autoridade Palestiniana mantém uma "coordenação contínua" com a África do Sul, tendo reiterado as acusações de genocídio contra o governo e o Exército israelitas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano agradeceu à África do Sul o que considerou "passo corajoso" ao "mobilizar a comunidade internacional para fazer luz sobre o crime de genocídio cometido por Israel".

Por outro lado, lamentou que "alguns países e organismos internacionais sejam cúmplices através de vetos e do fornecimento de armas e influência política a Israel".

A Autoridade Palestiniana criticou "a incapacidade de tomar medidas práticas para responsabilizar Israel" e apelou mais uma vez aos "países irmãos e amigos" para agirem "de acordo com os princípios do direito internacional" para fazer face às ações militares de Israel nos Territórios Palestinianos ocupados.

Na queixa, a África do Sul argumenta que "Israel se envolveu, está a envolver-se e corre o risco de continuar a envolver-se em atos genocidas contra o povo palestiniano em Gaza".

Para Pretória, estas ações são levadas a cabo "com a intenção específica" de "destruir os palestinianos como parte de um grupo nacional, racial e étnico".

Entretanto, a presidente do Parlamento Europeu solicitou ao Tribunal Penal Internacional medidas provisórias para garantir a proteção da população palestiniana contra danos "graves e irreparáveis".

Na mesma nota, a presidente do Parlamento Europeu referiu-se à Convenção sobre o Genocídio, após o que Israel assegurou que se defenderia das acusações.

O porta-voz do governo israelita, Eylon Levy, acusou a África do Sul de "dar cobertura política e jurídica ao massacre de 07 de outubro" do ano passado.

"Asseguramos aos dirigentes sul-africanos: a história julgar-vos-á e julgar-vos-á sem piedade", afirmou, sublinhando que o Hamas "perpetrou um ato de genocídio em solo israelita" durante os ataques.

O Exército israelita lançou uma ofensiva contra o enclave palestiniano na sequência de ataques do Hamas que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 240 raptados.

As autoridades do território palestiniano, controlado pelo Hamas, registaram até agora 23.300 palestinianos mortos na sequência da ofensiva israelita, além de mais de 325 mortos em operações das forças de segurança e ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Leia Também: Tribunal de Haia inicia audiências sobre acusação de genocídio em Gaza

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo